ATA DA SEPTUAGÉSIMA
TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA
SEXTA LEGISLATURA, EM 12-08-2015.
Aos doze dias do mês de
agosto do ano de dois mil e quinze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida por Bernardino
Vendruscolo, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Engº
Comassetto, Fernanda Melchionna, João Carlos Nedel, Mauro Pinheiro, Mônica
Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga e Tarciso
Flecha Negra. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos
os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram Adeli Sell, Airto Ferronato,
Alberto Kopittke, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Thiago, Elizandro
Sabino, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, Kevin
Krieger, Lourdes Sprenger, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Pablo Mendes Ribeiro,
Reginaldo Pujol, Rodrigo Maroni, Séfora Gomes Mota e Waldir Canal. À MESA, foram
encaminhados: o Projeto de Lei do Legislativo nº 144/15 (Processo nº 1552/15),
de autoria de Elizandro Sabino; o Projeto de Lei do Legislativo nº 124/15
(Processo nº 1362/15), de autoria de Fernanda Melchionna e Prof. Alex Fraga; o
Projeto de Lei do Legislativo nº 150/15 (Processo nº 1650/15), de autoria de
Idenir Cecchim; e o Projeto de Resolução nº 030/15 (Processo nº 1671/15), de
autoria de João Bosco Vaz. Após, foi apregoado o Ofício nº 967/15, do Prefeito,
encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 023/15 (Processo nº 1868/15). A
seguir, foi apregoado o Memorando nº 020/15, de autoria de Alberto Kopittke,
informando, nos termos dos §§ 6º e 7º do artigo 227 do Regimento, sua
participação, no dia dez de agosto do corrente, em Audiência Pública destinada
a debater o Projeto de Lei nº 3722/12, na Assembleia Legislativa do Estado do
Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Ainda, foram apregoados Requerimentos de
autoria de Jussara Cony, solicitando Licença para Tratamento de Saúde no dia 10
de agosto do corrente e nos dias 12 e 13 de agosto do corrente. Após, foi aprovado Requerimento de
autoria de Marcelo Sgarbossa, solicitando Licença para Tratar de Interesses
Particulares do dia doze ao dia dezessete de agosto do corrente, tendo o
Presidente declarado empossado na vereança o suplente Adeli Sell, após a
entrega do seu Diploma e Declaração de Bens, bem como a prestação de
compromisso legal e indicação do nome parlamentar, informando que Sua Senhoria
integrará a Comissão de Saúde e Meio Ambiente. Após, o Presidente concedeu a
palavra a Adeli Sell, nos termos do artigo 12, § 8º, do Regimento. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Rodrigo Maroni, Fernanda Melchionna,
Alberto Kopittke, João Bosco Vaz, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Engº
Comassetto, Carlos Casartelli e Idenir Cecchim. Na ocasião, foram apregoados
Requerimentos de autoria de João Bosco Vaz, solicitando a retirada dos pedidos,
referentes aos Projetos de Lei do Legislativo nos 285 e 286/14 (Processos
nos 3023 e 3024/14), de inclusão na Ordem do Dia, nos termos do
artigo 81 da Lei Orgânica. Ainda, foram apregoados Requerimentos de autoria de
Cassio Trogildo, solicitando a inclusão dos Projetos de Lei do Legislativo nos
285 e 286/14 (Processos nos 3023 e 3024/14) na Ordem do Dia, nos
termos do artigo 81 da Lei Orgânica. Também, por solicitação de Reginaldo
Pujol, Engº Comassetto e João Carlos Nedel, foi realizado um minuto de silêncio
em homenagem póstuma a Sérgio Ernesto da Silva Kasper, Gentil Claudio de Souza
Lopes e João Carlos Silveiro, respectivamente. Às quinze horas e vinte e nove
minutos, constatada a existência de quórum deliberativo, foi iniciada a ORDEM
DO DIA. Após, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Kevin Krieger, solicitando
alteração da ordem de apreciação da matéria constante na priorização da Ordem
do Dia. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 064/15 (Processo nº
1260/15), por dezesseis votos SIM, oito votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, após ser
encaminhado à votação por Alberto Kopittke, Nereu D’Avila, Fernanda Melchionna,
Clàudio Janta, Mônica Leal, Alberto Kopittke, Reginaldo Pujol e Márcio Bins
Ely, em votação nominal solicitada por Nereu D’Avila, tendo votado Sim
Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Dr. Thiago, Guilherme
Socias Villela, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Márcio Bins Ely, Mario
Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Pablo Mendes Ribeiro, Reginaldo Pujol,
Rodrigo Maroni, Séfora Gomes Mota e Tarciso Flecha Negra, votado Não Adeli Sell,
Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Carlos Casartelli, Delegado Cleiton, Engº
Comassetto, Fernanda Melchionna e Prof. Alex Fraga e optado pela
Abstenção Elizandro Sabino e João Bosco Vaz. Em Discussão Geral e Votação, foi
aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 279/14 (Processo nº 2993/14), por
trinta votos SIM, após ser encaminhado à votação por Cassio Trogildo,
Bernardino Vendruscolo, Kevin Krieger, Elizandro Sabino, Reginaldo Pujol e
Fernanda Melchionna, em votação nominal solicitada por Cassio Trogildo, tendo
votado Adeli Sell, Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Bernardino Vendruscolo,
Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Dinho do Grêmio, Dr. Thiago,
Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias
Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Kevin Krieger,
Lourdes Sprenger, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Nereu D'Avila,
Pablo Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga,
Reginaldo Pujol, Séfora Gomes Mota, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Em
Votação, foi aprovada a Indicação nº 015/15 (Processo nº 0798/15). Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 021/15 (Processo
nº 1663/15), por trinta e um votos SIM, em votação nominal solicitada por
Clàudio Janta e Dr. Thiago, tendo votado Adeli Sell, Airto Ferronato, Alberto
Kopittke, Bernardino Vendruscolo, Carlos Casartelli, Cassio Trogildo, Clàudio
Janta, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Thiago, Engº Comassetto, Fernanda
Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João
Carlos Nedel, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Márcio Bins Ely, Mario Manfro,
Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Pablo Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Paulo
Brum, Prof. Alex Fraga, Reginaldo Pujol, Rodrigo Maroni, Séfora Gomes Mota,
Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Após, foi aprovado Requerimento verbal
formulado por Engº Comassetto, solicitando alteração na ordem de apreciação da
matéria constante na priorização da Ordem do Dia. Ainda, foi aprovado
Requerimento de autoria de Alberto Kopittke, solicitando o adiamento da
discussão, por uma sessão, do Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 004/15
(Processo nº 0580/15). Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de
Lei Complementar do Legislativo nº 009/14 (Processo nº 0942/14). Foi aprovada a
Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 009/14.
Foi rejeitada a Emenda nº 02 ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº
009/14, por seis votos SIM e vinte e um votos NÃO, em votação nominal
solicitada por João Carlos Nedel, tendo votado Sim Adeli Sell, Alberto
Kopittke, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Mauro Pinheiro e Prof. Alex
Fraga e votado Não Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos Casartelli,
Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Guilherme Socias Villela,
João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Márcio Bins
Ely, Mario Manfro, Mônica Leal, Pablo Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Paulo
Brum, Reginaldo Pujol, Séfora Gomes Mota, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal.
Foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 009/14. Em
Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Executivo nº 004/15
(Processo nº 0320/15), o qual, após ser discutido por Prof. Alex Fraga, teve
sua discussão adiada por uma sessão, a Requerimento, aprovado, de autoria de
Kevin Krieger. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 085/15 (Processo nº
1630/15), após ser encaminhado à votação por Engº Comassetto. Em Votação, foram
aprovados os Requerimentos nos 095, 083 e 074/15 e a Indicação nº
035/15 (Processos nos 1739, 1566, 1406 e 1869/15, respectivamente).
Após, foi apregoado o Memorando nº 022/15, de autoria de Alberto Kopittke,
informando, nos termos dos §§ 6º e 7º do artigo 227 do Regimento, sua
participação, no dia treze de agosto do corrente, em entrevista no estúdio da
Rádio Bandeirantes, das quatorze às dezesseis horas, em Porto Alegre. Também,
foi apregoado Memorando de autoria de Clàudio Janta, informando, nos termos dos
§§ 6º e 7º do artigo 227 do Regimento, sua participação, do dia dezessete ao
dia vinte e seis de agosto do corrente, no Encontro Sindical Bilateral, em
Buenos Aires, na Argentina. Ainda, foi apregoado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 142/15 (Processo nº 1533/15), de autoria de Elizandro Sabino. Em
Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do Legislativo
nº 009/13 (Processo nº 1301/13), o qual teve sua discussão adiada por duas
sessões, a Requerimento, aprovado, de autoria de Mônica Leal. Às dezessete
horas e trinta e dois minutos, constatada a inexistência de quórum
deliberativo, em verificação solicitada por Alberto Kopittke, foi encerrada a
Ordem do Dia. Em Pauta, Discussão Preliminar, 2ª Sessão, estiveram o Projeto de
Lei Complementar do Legislativo nº 005/15 e os Projetos de Lei do Legislativo nos
086 e 123/15. Durante a
Sessão, Dr. Thiago, Idenir Cecchim, Reginaldo Pujol, Fernanda Melchionna, Kevin
Krieger, Engº Comassetto, Airto Ferronato, Clàudio Janta, Lourdes Sprenger,
Carlos Casartelli, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Mônica Leal, Tarciso
Flecha Negra, Pablo Mendes Ribeiro e João Carlos Nedel manifestaram-se acerca
de assuntos diversos. Às dezessete horas e trinta e três minutos, o Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a sessão ordinária
da próxima quinta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos por Mauro Pinheiro e Paulo
Brum e secretariados por Paulinho Motorista. Do que foi lavrada a presente Ata,
que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Jussara Cony solicita Licença para
Tratamento de Saúde no período de 10, 12 e 13 de agosto de 2015.
O Ver. Marcelo Sgarbossa solicita
Licença para Tratar de Interesses Particulares no período de 12 a 17 de agosto
de 2015. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o Pedido de
Licença permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
A Mesa declara empossado o
Suplente, Ver. Adeli Sell, nos termos regimentais, que integrará a Comissão de
Saúde e Meio Ambiente. Solicito ao Suplente Adeli Sell que entregue seu Diploma
e a Declaração de Bens a esta Mesa.
(Procede-se à entrega do Diploma e da Declaração de
Bens.)
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Solicito que os presentes, em pé, ouçam o
compromisso que o Suplente Adeli Sell prestará a seguir.
O
SR. ADELI SELL: "Prometo cumprir a Lei Orgânica do Município
de Porto Alegre, defender a autonomia municipal, exercer com honra, lealdade e
dedicação o mandato que me foi conferido pelo povo." (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Declaro empossado o Ver.
Adeli Sell. O nome de V. Exa. já está aqui consignado, Adeli Sell, V. Exa.
integrará a Comissão de Saúde e Meio Ambiente.
O Ver.
Adeli Sell está com a palavra, nos termos do art. 12 do Regimento.
O SR. ADELI SELL: Caros colegas Vereadores, Vereadoras, senhoras e senhores, é com
muito orgulho e satisfação que, neste dia, assumo como 1º Suplente da Bancada
do Partido dos Trabalhadores aqui neste plenário, nesta Casa, onde exerci meu
mandato de Vereador por 16 anos. Na última eleição, eu acabei sendo o 1º
Suplente da nossa bancada. Eu confesso que, em alguns momentos, Ver. João Dib,
que está aqui no plenário hoje, que nos dá a honra, eu cheguei a pensar se eu
continuaria a ter uma militância político-partidária e institucional. Afinal de
contas, muitas pessoas me diziam do bom mandato que eu tinha desempenhado nesse
período, tive algumas dúvidas; depois me dei conta, eu não poderia ter dúvidas,
que não me era dado o direito de ter qualquer dúvida, porque eleições são
eleições, são momentos. E eu resolvi que voltaria à planície, onde me encontro
bem, trabalhando e lutando por nossa Cidade. Quero dizer aos meus colegas de
bancada, Alberto, Comassetto, que estão aqui, ao meu querido Sgarbossa, que
saiu de licença e por isso eu assumo, que cheguei até a ter algumas dúvidas
sobre a questão político-partidária, e também vi que eu estava apenas sob
tensão momentânea. Afinal de contas, eu sou fundador do Partido dos
Trabalhadores; eu tenho uma luta, uma trajetória, e é por isso que eu estou
aqui assumindo o meu mandato de Vereador como 1º Suplente.
Porto Alegre
precisa de todos nós, mas, como eu conheço a Cidade como a palma da minha mão e
tenho percorrido cada canto desta Cidade, tenho estudado, me debruçado sobre
seus problemas das questões urbanísticas em primeiro lugar, eu quero dizer que
nós temos a obrigação de continuar na defesa da nossa Cidade, na busca
incessante por suas melhorias, sejamos aqui Vereadores da situação ou da
oposição, porque sempre fui daqueles que nesta tribuna defendi que o nosso
discurso, a nossa prática não pode ser diferente na situação ou na oposição:
tem que ser a mesma de busca incessante das melhorias das condições de vida do seu
povo; buscar, permanentemente – permanentemente –, a solução de problemas. Não
basta apenas criticar; é preciso apresentar propostas claras, precisas, com
condições de serem executadas. Por isso que, sistematicamente, fora do mandato,
eu tenho buscado o Poder Público Municipal, as instituições, para fazer
demandas e reivindicações. E assim eu pretendo continuar.
Tive o prazer, em muitos momentos, nesses últimos
dois anos e meio, de conversar muitas vezes com vários colegas Vereadores aqui
e discutir alguns projetos de lei. Eu não mudei: quando sou favorável a uma
tese defendo essa tese intransigentemente. Não me pauto do interesse da Cidade
por questões político-partidárias, eu me pauto pelo interesse público.
Agora, depois dessa minha saída aqui da Câmara,
resolvi voltar à academia, resolvi estudar e estou estudando Direito. E aquilo
que eu já tinha a convicção, que falava muitas vezes neste plenário, volto a
dizer: que a lei e o direito buscam a justiça. E um Parlamentar que lida com
leis e direitos tem que buscar, intransigentemente, a justiça, porque pode
gerar benefícios para o conjunto da população. Esses sonhos, essas ideias me
movem. Se, em algum momento, ali, naquele calor pós-eleição 2012, me passaram
algumas dúvidas na cabeça, eu já não as tenho mais.
Tenho o compromisso com esta Casa e com os seus
funcionários, com quem convivi por muito tempo, de estar com vocês. Poder estar
aqui e olhar nos olhos de cada um, para mim, é uma satisfação renovada.
Muito obrigado por este momento! Na tribuna ou fora
dela, na Câmara ou fora dela, continuarei o mesmo, lutando pelo bem da cidade
de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Obrigado, Ver. Adeli Sell. É um grande prazer
receber V. Exa., novamente, nesta Casa, de onde nunca deveria ter saído. O Ver.
Rodrigo Maroni está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. RODRIGO
MARONI: Boa tarde, Sr. Presidente; Ver. Paulinho Motorista, que está aqui na
Mesa; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; funcionários da Casa; público que nos
assiste das galerias; Guarda Municipal – vejo que parte está aqui; público que
nos assiste através da TVCâmara, importante instrumento para que a população
tenha acesso ao Parlamento. Ver. João Dib, meu querido, mestre e orientador da
maioria de nós, também não poderia deixar de citar V. Exa., que está aqui
presente.
Antes de tudo, quero fazer uma saudação especial ao
Ver. Adeli – eu me inscrevi especialmente para isso –, que sabe, já que, em
diversos momentos, eu já falei isso, que, por diversas vezes, ele foi uma
grande referência para mim, pessoalmente. Hoje, estou com 34 anos, e, quando o
Adeli me conheceu, eu devia ter uns 20 anos, na época do movimento estudantil.
Eu cresci, Adeli, te vendo – tu sabes disso – como uma das grandes lideranças
políticas da Cidade, como uma das pessoas que eu tive como referência durante
toda a minha militância. Lembro bem a gente – eu, na época, era ativista do
movimento estudantil –, sentando no teu gabinete, aqui, pedindo para fazer a CPI
da juventude, alguns anos atrás. Tu foste, Fernandinha – e eu gosto muito dos
políticos que são assim – a expressão do que tu és. Quando tu davas berros aqui nessa cadeira dizendo que ninguém te intimidaria, que máfia
nenhuma – e a gente pagava no movimento estudantil, lembras, Fernanda? – te
intimidaria. E colocaste a boca no trombone. Talvez, hoje, tu me acompanhando
no trabalho parlamentar, sem querer, de certo modo, foste uma das primeiras
pessoas que me fez refletir sobre o papel dos animais, quando fizeste o debate
sobre as carroças, inclusive contra a bancada do teu Partido, que, na época,
votou unanimemente contra o projeto que tu apresentavas em relação às carroças,
em defesa dos animais. Então não é qualquer coisa, Adeli, tu tomares posse. E
eu falei no teu ouvido que para mim era um sonho realizado estarmos juntos,
mesmo por alguns minutos. Parabéns! Tenho convicção de que tu mereces voltar
para esta Câmara no ano que vem e ser Vereador, o que para a cidade de Porto
Alegre será fundamental. Independente da sigla partidária, sou daqueles que
acreditam nas pessoas cada vez mais. Acho que os partidos, de maneira geral,
estão fragilizados, acho que há indivíduos bons em todos os lugares. Sou contra
essa grenalização da política, em que todos acham que um partido é o bom e o
outro é o ruim. Há pessoas boas, como em qualquer torcida de futebol ou em
qualquer cidade. Lamentavelmente – há partidos com um milhão de filiados –, é
impossível haver controle, inclusive acho que retarda muito a política que chega
na população. Esse centralismo dos partidos de terem de votar com a bancada
muitas vezes atrasa projetos para o povo.
Quero relatar um dos
momentos mais emocionantes vividos hoje. Literalmente, tenho pegado a causa
animal de manhã, de tarde, de noite, de madrugada resgatando de atropelamento,
levando ração às protetoras, tentando buscar alternativas para medicamentos,
atendimento veterinários, inclusive em outras cidades do País. Liguei para o
Prefeito de Manaus, Artur Virgílio, porque acho que mais do que o de Vereador,
temos que exercer o papel de cidadãos. Havia sete cachorros em Manaus que iriam
para eutanásia, porque uma construtora não tinha onde os colocar e tinha
construído um prédio. Assim como Caçapava, Tramandaí, tem um problema imenso,
lamentavelmente, onde há um dos canis mais atrasados do País, Barueri, enfim,
todas as cidades têm problemas com os animais. Ontem à noite, tive a denúncia
de que havia sido enterrado vivo um cachorro em Cidreira. Depois de confirmar, através do
vídeo, a foto, eu fui, hoje pela manhã, na casa do indivíduo que assassinou o
cão – a autópsia confirmou que havia areia no pulmão. Eu fui a casa dele pela
manhã – tem o vídeo na Internet – e coloquei o dedo na cara dele, mais do que
qualquer agente público, e tinha gente me dizendo: “Tu não és Brigada!”. Mas
fui para chamar pela consciência; não fui para ameaçar, fui para falar do
absurdo que é um indivíduo cavar um buraco na areia da praia e colocar um
animal vivo. E há um vídeo com quase 50 mil vistas, que qualquer um pode ver,
que não foi gravado por mim. Fomos até a casa, e inicialmente ele negou que
havia matado, Sabino. Em três segundos, eu falando que tinha fotos, que tinha o
vídeo dele, assassinando o cachorro, ele assumiu. Para tu veres em que pé anda
a espécie humana! Em que pé a maldade humana chegou! Eu pergunto para vocês:
qual é o nível de crueldade de um indivíduo, para cavar um buraco na terra e
enterrar? Foi aqui em Cidreira, mas há centenas de casos. E, para quem pergunta
por que defender os animais, está aí a resposta, porque provavelmente esse
indivíduo vai ter que pagar 20 sacos, porque eu estava em cima, Sabino. Só por
isso, porque, quando eu cheguei na Brigada Militar, para abrir o BO, com a
mulher que viu, simplesmente eles não tinham o que fazer. E eu fiquei em cima,
indo ao Ministério Público, ele vai ter que pagar 20 sacos de cimento. E aí
justifica por que eu convido sempre...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Apregoo
Requerimento de autoria do Ver. João Bosco Vaz, solicitando a retirada da ordem
do dia, nos termos do art. 81, do PLL nº 285/14 e PLL nº 286/14
Apregoo
Requerimento de autoria do Ver. Cassio Trogildo, solicitando a inclusão na
ordem do dia, por força do art. 81, o PLL nº 285/14 e PLL nº 286/14
A Ver.ª Fernanda
Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Vereadores e
Vereadoras; nossos colegas guardas municipais, que aguardam um projeto hoje;
nossos lutadores pelo direito à moradia, que também acompanham a Sessão na
tarde de hoje; eu venho falar da situação política que o Estado do Rio Grande
do Sul anda vivendo. Sistematicamente, nós, eu e o Ver. Prof. Alex, temos usado
esta Tribuna para denunciar e, ao mesmo tempo, nos solidarizar com o conjunto
do povo gaúcho que vem sendo atacado, seja no parcelamento dos salários, seja
na diminuição dos repasses da saúde – inclusive Porto Alegre foi uma das
capitais atingidas por essa medida arbitrária do Governo Estadual, para
discutir os não chamamentos dos concursos –, vejam a crise por que passam a
segurança pública e a educação neste momento no nosso Estado.
Todos acompanharam a situação do parcelamento dos
salários que levou obviamente a uma crise nos lares dos nossos servidores
públicos estaduais. E nós, sistematicamente, vimos nesta Tribuna para cobrar,
no mínimo, três medidas que o Governo Sartori deveria fazer em vez de atacar o
conjunto do funcionalismo. Primeiro, combater, suspender o pagamento da dívida
do Estado com a União e garantir uma auditoria justa para mostrar que muito
dessa dívida já foi paga. Esses termos assumidos pelo Governo Britto durante o
Governo Fernando Henrique Cardoso são verdadeiramente draconianos contra o
Estado do Rio Grande do Sul, impõem ao nosso Estado uma taxa de juros
impagável, de uma dívida que foi contraída com juros flutuantes, ou seja, hoje
a taxa de juros é 1%; amanhã é de 10%; e o Estado do Rio Grande do Sul
financiando uma lógica de mandar recursos para o Governo Federal que não são
devolvidos para o Estado do Rio Grande do Sul e que massacram, garroteiam e, ao
mesmo tempo, estrangulam a possibilidade de investimento e de garantia de
direito para o povo gaúcho. E nós estamos fazendo esse debate desde 1998,
quando essa dívida foi feita pelo Governo Britto, e a nossa oposição naquela
época, na Assembleia Legislativa, lembro bem, teve como uma das porta-vozes a
nossa então Deputada Estadual Luciana Genro. Mas, depois, esta luta seguiu, e
esta dívida foi se tornando cada vez mais impagável. Contratada com R$ 20
bilhões, hoje supera os R$ 55 bilhões, sendo que todos os meses, todos os
governos pagaram a dívida sem questionar; sendo que todas as parcelas foram
pagas, e nenhuma das obras públicas do Estado do Rio Grande do Sul foi
descontada desses bilhões de reais, que são usados, ao fim e ao cabo, para
financiar a dívida pública da União com os grandes banqueiros e os parasitas do
sistema financeiro.
E é por isso que esta resistência e esta luta garantiram
com que houvesse o pagamento dos servidores, porque nós estávamos, desde o
início, dizendo da importância de se pagar os servidores e não se pagar uma
dívida draconiana. Mas o que vimos foi uma medida arbitrária do Governo
Federal, congelando os recursos do Rio Grande do Sul até, no mínimo,
terça-feira que vem. Isso é, na verdade, uma chantagem com o Estado do Rio
Grande do Sul. Não podemos aceitar mais uma agiotagem entre entes federados,
porque foi uma verdadeira agiotagem a dívida feita entre o Governo Britto e o
Governo Fernando Henrique e que foi mantida por todos os governos que se
sucederam no Palácio Piratini. E o pior é que quem paga a conta desta dívida
são todos os milhões de gaúchos e gaúchas, que estão vendo a crise no concreto,
na realidade, na falta de atendimento nos hospitais, nos problemas e na
precarização das escolas estaduais, na grave crise de segurança pública por que
passa o nosso Estado.
Então, eu venho aqui, primeiro, para dizer da
importância da assembleia geral do funcionalismo no dia 18 de agosto, porque
sabemos que a luta garantiu a antecipação dessas parcelas, mas não terá saída
se a luta não garantir cláusulas justas para o Rio Grande do Sul, a suspensão
do pagamento da dívida, o combate à isenção às grandes empresas e, sobretudo, o
fim dos privilégios, porque, na hora de parcelar salário dos funcionários, o
Sartori parcelou, mas, na hora de parcelar salários dos Secretários, salário
dele e salários dos...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: ...Para concluir, Presidente, eu estava falando da
verdadeira demagogia, em que se parcela o salário de quem ganha mais de R$
2.150,00. No mês que vem, eles estão cogitando parcelar salários de quem ganha
R$ 1.000,00, e nós sabemos que não há parcela no cartão de crédito, que o juro
é lá em cima, que não tem como parcelar energia elétrica, que não tem como
parcelar a conta de luz. E pior: o Banrisul descontou os empréstimos dos
funcionários que não tinham recebido o seu salário neste mês. Mas essa
demagogia é só contra os trabalhadores, porque na hora de parcelar salário dos
grandes – Deputados, Secretários e do próprio Governador –, obviamente que o
Governo Sartori não o fez. Então, por um lado, eu quero dizer que é necessário,
sim, enfrentar a dívida, mas, sobretudo, enfrentar esses privilégios dos ricos
e dos políticos.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
REGINALDO PUJOL (Requerimento): Sr. Presidente, quero comunicar a Casa do
passamento do Sr. Sérgio Ernesto da Silva Kasper, esposo da servidora pública
municipal, assistente social concursada, Miriam Schmitt, presentemente
trabalhando na FASC – Fundação de Assistência Social e Cidadania. O falecimento
ocorreu no dia de hoje e o sepultamento também irá ocorrer no dia de hoje.
Solicito um minuto de silêncio pelo falecimento do Sr. Sérgio Ernesto da Silva
Kasper.
O SR. ENGº
COMASSETTO (Requerimento): Dando continuidade ao proposto pelo Ver. Reginaldo
Pujol, gostaria de registrar o falecimento, na segunda-feira, do Sr. Gentil
Claudio de Souza Lopes, Presidente da Cooperativa Habitacional Dois Irmãos, que
é uma das cooperativas que vem construindo habitação popular na cidade de Porto
Alegre.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL (Requerimento): Também registro o falecimento do Dr. João Carlos
Silveiro e solicito um minuto de silêncio.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Deferimos os
pedidos.
(Faz-se um minuto de
silêncio.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O
SR. ALBERTO KOPITTKE: Caros colegas, muito boa tarde, nosso Presidente
Mauro Pinheiro; não poderia iniciar a minha fala, em nome do Partido dos
Trabalhadores, sem saudar o nosso companheiro Adeli Sell, que é uma referência
para todos nós, uma referência para minha geração que sempre teve o Adeli como
um exemplo militante, um exemplo de visão sobre uma Cidade dinâmica, com uma
economia forte, criativa, com uma vitalidade sempre juvenil, que o Adeli
demonstrou na presidência do PT nos últimos anos, fazendo debates de fundo,
provocando, instigando, não aceitando respostas simples, não aceitando dogmas e
sempre procurando alternativas para uma Cidade com mais justiça social, com
mais solidariedade e com mais força, a nossa Porto Alegre sonhando cada vez
mais. Por isso que, efetivamente, querido amigo Adeli, tu não tens o direito de
deixar esse posto de militante da cidade de Porto Alegre; tu não és somente um
militante do PT, tu és um patrimônio da cidade de Porto Alegre, daquelas
personalidades que fazem parte da política e da própria cultura da Cidade. Por
isso é uma imensa alegria tê-lo aqui, e que o teu retorno a esta Casa seja o
mais rápido possível, de forma efetiva, a partir do ano que vem, porque
ganhará, com certeza, a cidade de Porto Alegre.
Gostaria de registrar também o momento político,
fazendo uma saudação à defesa da democracia e da legalidade democrática que
vários setores políticos e econômicos do País têm reafirmado desde
quinta-feira. Já fiz esta manifestação ao Ver. Idenir Cecchim, cumprimentei o
PMDB, Ver. Pablo também, pela postura do nosso Vice-Presidente, Michel Temer,
postura republicana de evitar aventuras e aventureiros nesse momento de crise,
que só querem, na verdade, aumentar privilégios. Vimos, na semana passada, o
Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, fazer um projeto que dá R$ 2,5 bilhões
para uma casta de privilegiados da Administração pública, que não chega a 10
mil pessoas que consumiriam, na verdade, mais de R$ 2,5 bilhões, chegariam a R$
3 bilhões por ano, simplesmente aumentando privilégios. Essa é a concepção
daqueles que dizem que lutam por um país melhor e que têm proclamado e
difundido uma tentativa de golpe no nosso País. Esses que sairão às ruas no dia
16, lutando, na verdade, para a queda de um governo democraticamente eleito.
Nós temos a satisfação de que hoje as instituições republicanas funcionam. A
Presidente Dilma acaba de indicar, novamente, o nome do Procurador-Geral da
República, Janot, para permanência à frente do Ministério Público, porque, para
nós, Ministério Público é para investigar. Antigamente, Ministério Público era
para engavetar, no tempo do Governo do Fernando Henrique. Agora, nós temos o
orgulho de termos uma Polícia Federal forte, autônoma; um Supremo Tribunal
Federal autônomo, forte. Essa é a democracia, doa a quem doer, a corrupção é
investigada e o nosso País, com união, vai sair da crise.
Nós defendemos que a melhor forma do País sair da
crise econômica é, sim, auditar a dívida externa, como fez a Argentina; é taxar
as grandes fortunas, porque hoje 71 mil pessoas detêm 25% da riqueza do nosso
País. Quem tem que pagar a conta da crise econômica para o nosso País seguir
crescendo e se desenvolvendo são aqueles que estão na ponta de cima da
pirâmide, e não tirando o direito dos trabalhadores, como defendem esses que,
equivocadamente, querem a queda da democracia e a queda dos avanços que nós
tivemos nesses dez anos. Bem-vindo, companheiro Adeli, vida longa à democracia
brasileira. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. João Bosco Vaz está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
BOSCO VAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, venho a esta tribuna
para enfrentar dois assuntos. No primeiro deles, vou dar uma viajada pela
economia. Nós estamos, Ver. Villela, assistindo a todas essas questões
econômicas que estamos vivenciando no Estado e no País. Mas há uma questão
maior que me deixa inquieto, porque eu não consigo entender, compreender o que
eu vou relatar agora. Dizem que o Brasil tem 200 milhões de técnicos de
futebol, pois todo mundo entende de futebol, e aí vou transferir um pouco para
a economia. Como é que pode um cidadão, cuja inflação quando ele foi Ministro
chegou a 80% ao mês, chamado Maílson da Nóbrega, ser contratado para opinar
sobre economia, para dar palestra “Os rumos da economia brasileira”? Ser
contratado pela imprensa, pela mídia para escrever colunas, falando e opinando
sobre economia? Nesta semana, na revista Veja, tem uma página com ele: como
devem ser corrigidos os rumos da economia no País. Mas esse cidadão esqueceu
que, quando ele foi Ministro, a inflação era 80% ao mês? Tinha um tal de overnight, em que botava o dinheiro no
banco à noite e, no outro dia de manhã, acordava e tinha mais dinheiro na conta
do que tinha botado no dia anterior! O País estava despedaçado economicamente!
Agora esse cidadão, Maílson da Nóbrega, é o guru da economia! O guru! E no
período dele de Ministro, a inflação era de 80% ao mês! Agora, como dizem
alguns Vereadores com quem falei, “Não, tu tens que lembrar é quem contrata ele
para dar as palestras”.
Sabem que eu tenho uma grande vontade de ir a uma
palestra dele e, quando for aberto a perguntas: quem é o senhor? E eu, olha, eu
sou jornalista e vim lhe fazer uma pergunta: o senhor não tem vergonha de dar
palestras sobre os rumos da economia e ainda cobrar não sei quanto – que não é
pouco – para querer ensinar economia quando o senhor estraçalhou este País com 80% ao mês de inflação. Tu, que trabalhavas em banco, Fernanda! O overnight, vou repetir, tu botavas um
dinheiro às dez da noite e, às seis da manhã, tu tinhas muito mais do que tu
tinhas botado no dia anterior.
Então, é o seguinte,
pessoal: cada um na sua, cada um analisa o que conhece: o Ver. Casartelli vai
falar de saúde, o Ver. Janta vai falar de sindicalismo, o Professor Alex vai
falar de educação; não que não possam tratar de outros assuntos. Agora, o
cidadão ser um economista como ele é, fazer o papelão que ele fez quando ministro
e se apresentar como o guru da economia, opinando, assinando colunas, dando
palestras? Não, não! Eu não só não entendo isso como não aceito isso!
Eu teria um outro
assunto, que é falar sobre a Fundação de Esportes do Estado, que está para ser
fechada, mas eu volto a esta tribuna depois. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver.
Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente,
Ver. Mauro Pinheiro; é, Ver. Bosco, V. Exa. tem toda a razão. Faz 30 anos que
trabalho com administração de condomínio e, quando as pessoas me procuram para
reclamar do síndico, eu pergunto se fui eu que o elegi, ou se fui eu que o
indiquei. Nós temos sempre que olhar os responsáveis, os efetivamente
responsáveis. No Brasil e aqui, no Rio Grande do Sul, se fala muito na família
Sarney, mas a família Sarney, lá no Nordeste, concorre e se elege em todas.
Agora, muitos dos
nossos Deputados Federais reclamam do Presidente da Câmara, do Seu Cunha. Mas
quem é que elegeu o Cunha para Presidente? Foram os Deputados Federais! Ele não
caiu lá de paraquedas, nem tomou o poder. Nós precisamos sempre lembrar os
primeiros responsáveis, aqueles que indicam, que votam.
Nessa linha, Ver.
Adeli Sell, eu, como os demais Vereadores, não podia deixar de vir a esta
tribuna e dizer da minha admiração pela sua pessoa. Nós fomos colegas aqui
durante oito anos e sempre foi muito marcante aqui a sua postura, no momento em
que o seu partido não enfrentava as questões que está enfrentando hoje. Mas V.
Exa. foi sempre coerente, e, em muitas oportunidades, fazia discurso para
dentro de casa também. Então, marcou-me muito o comportamento de V. Exa. nesse
período em que trabalhamos nesta Casa, quando V. Exa. desenvolveu um trabalho
com este Vereador, especialmente na fiscalização dos recursos públicos
aplicados ali no Acampamento Farroupilha. Hoje temos uma CPI instalada e em
andamento, e como dizíamos lá atrás, e vamos insistir: não tem pizza! Até porque
os médicos me proibiram de consumir esses alimentos, estou me cuidando. Então,
faço a V. Exa., Ver. Adeli, um convite, encarecidamente – e na sua Bancada o
representante é o Alberto Kopittke –, para que V. Exa. nos prestigie na próxima
quarta-feira, quando também teremos uma reunião importante para tratar dos
assuntos da CPI; assuntos que V. Exa. conhece. É o mesmo assunto: enquanto eu
fazia a denúncia no Ministério Público de Contas, V. Exa. fazia a denúncia no
Ministério Público do Patrimônio Público, para esclarecermos que há aqui nesta
Casa determinadas lideranças que, às vezes, esquecem dos trabalhos feitos no
passado. Estou me referindo aos anos de 2007, 2008, 2009, e entramos o ano de
2015 com as mesmas práticas. Felizmente, agora tanto o Ministério Público de
Contas quanto o Ministério Público do Patrimônio Público estão trabalhando, de
uma forma ou de outra, com o mesmo objetivo, e um dia vamos ver um Acampamento
Farroupilha bonito como é hoje, mas com uma diferença: prestando conta do
dinheiro que é público, dos valores, das verbas públicas destinadas para os
eventos. Nós nunca fomos contra a aplicação de recursos públicos para festejos
públicos; agora, não dá para aguentar, não dá para aceitar não prestarem contas
dos recursos que recebem. Quero agradecer aos Colegas que têm participado das
reuniões da CPI e, evidentemente dizer que ainda que nós, em determinados
momentos, estejamos em campos opostos, tenho certeza de que, no final dos
trabalhos da CPI, teremos contribuído, inclusive com o Prefeito e o Secretário
Municipal da Cultura. Vereador-Presidente, mais uma vez quero cumprimentar este
líder do PT que hoje assume. Com sinceridade, Ver. Adeli, foi uma surpresa para
este Vereador quando V. Exa. não se reelegeu.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Clàudio
Janta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente Mauro
Pinheiro, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, queria saudar todos os
trabalhadores que aqui se encontram e que há muito tempo esperam a nomeação
para a área da Saúde. Dedicaram-se para que o processo andasse rapidamente,
esperamos que agora, com a assinatura dos membros da reunião conjunta que será
feita aqui nesta Casa, este projeto volte hoje; os médicos desta Casa – o Ver.
Dr. Thiago e o ex-Secretário da Saúde, Ver. Carlos Casartelli – se dedicaram
para que esse projeto andasse rapidamente aqui nesta Casa, depois do recesso,
para que hoje à tarde a gente votasse, permitindo que todos esses técnicos
possam entrar para a área da Saúde, levando à população de Porto Alegre esse
bem de que tanto ela precisa.
Também quero
aproveitar e me somar ao Ver. Idenir Cecchim, que, hoje de manhã, na CPI do
Acampamento Farroupilha, fez uma proposta, a qual eu me somo: que a gente pare
de dar dinheiro público para esses eventos como o carnaval e o Acampamento
Farroupilha, seguindo o que é feito em Passo Fundo. Esta Casa aprovou uma Moção
de Solidariedade ao Prefeito de Passo Fundo, porque ele fez isso lá – tirar o
dinheiro público desses eventos. A gente vê aqui: somente a Secretaria
Municipal de Educação deu, no ano retrasado, R$ 300 mil para o Acampamento
Farroupilha. Esses R$ 300 mil poderiam ser usados nas escolas do Município!
Então, nós teremos muito dinheiro público para investir na saúde de Porto
Alegre, muito dinheiro público para investir na ampliação do atendimento nos
postos de saúde até as 22 horas nas 17 regiões do OP; nós teremos dinheiro
público para investir no atendimento das creches até as 22 horas em 17 regiões
do OP. Porque o que estamos vendo nesta CPI é que esses eventos arrecadam, e
arrecadam muito, e não precisa dinheiro público para fazer esses eventos que
são custeados pela Lei Rouanet, pela Lei de Incentivo à Cultura, eventos que
cobram, e cobram muito para que as pessoas acampem, não somente acampem, mas
explorem os espaços dentro do acampamento, como exploram os espaços no
Carnaval, como aconteceu em Passo Fundo, São Jerônimo e Charqueadas, onde as
Prefeituras pararam de dar dinheiro para essas atividades que trazem o turismo
para o Município. Mas elas não precisam ser feitas com dinheiro público, o
dinheiro público tem que ser investido nessas áreas. Nós tivemos na semana
passada a temática de saúde e assistência social do OP, e lá nós vimos um
relato importantíssimo do Prefeito de Porto Alegre, assim como a gente vê de
outros gestores, o quanto vem diminuindo a verba da União e do Estado para a
saúde dos Municípios. Não é justo que a gente fique tirando dinheiro público
que pode ser usado para essas duas áreas tão importantes na vida do povo, como
está se vendo nesta CPI, uma ciranda com dinheiro público, que não se vê
claramente na prestação de contas, porque essa se dá por uma entidade privada.
Isso nós estamos vendo, e essa entidade simplesmente não faz uma prestação de
contas transparente, essa entidade não diz se o dinheiro foi para A ou B. Então
que esse dinheiro vá destinado às suas áreas, principalmente à saúde e
educação. Com muita força, fé e solidariedade, hoje à tarde devemos aprovar que
esses técnicos da Saúde sejam chamados no Município de Porto Alegre, melhorando
o atendimento nas nossas unidades de saúde e hospitais. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Engº
Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente,
colegas Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhoras que nos dão o prazer de
estar aqui nas galerias da Câmara de Municipal de Vereadores; primeiro, venho
aqui em nome dos nossos partidos, PT, PSOL e PCdoB, cumprimentar o Ver. Adeli
Sell, que nos dá a satisfação de retornar a este colegiado. Segundo, sobre o
tema da saúde, está muito claro que precisamos incrementar e qualificar cada
vez mais a Saúde. O projeto que está tramitando nesta Casa já contou com o
nosso apoio e hoje também contará para a sua votação, porque entendemos que
saúde, como vi numa placa nas galerias, não é só 24 horas por dia, mas sete
dias por semana, 30 dias por mês e 365 dias por ano. E nós precisamos
intensificar cada vez mais. Para os enfermeiros que aqui votamos, temos todo o
enfrentamento ainda do ato médico que precisa ser qualificado. Essa é uma
posição muito clara. O programa Mais Médicos, que tem 18 mil médicos no Brasil,
tem 90% de apoio da população, Ver. Idenir Cecchim,
porque esses médicos trabalham, estão lá junto com as demais equipes, que
seguram, no dia-a-dia, a saúde comunitária, os PSFs, as Unidades Básicas e
assim por diante. Então, esse é o nosso registro aqui quanto ao tema da saúde.
Outro tema que quero
tratar aqui é sobre a audiência pública que a CUTHAB realizou aqui, ontem, em
defesa da aprovação das AEISs em Porto Alegre. E aqui há dois projetos. Um, que
nós votamos em 2010, com 48 áreas que o Governo mandou, e o Tribunal declarou
uma ADIn nessas áreas, ou seja, áreas que já estão com projeto. Isso
representa, colegas Vereadores e Vereadoras, 25 mil novas unidades
habitacionais em Porto Alegre. Isso significa R$ 2 bilhões circulando na
economia do Porto Alegre e significa o sonho de toda a comunidade e de toda
população: ter um local digno para morar. E o segundo, o projeto que esta Casa
votou e aprovou, de autoria da Ver.ª Fernanda
Melchionna e do Ver. Pedro Ruas, quando aprovamos 14 áreas como Áreas Especiais
de Interesse Social. Por sua vez, o Governo Municipal entrou com pedido de ADIN. Nós só pedimos uma coerência, temos que
tratar as Áreas Especiais de Interesse Social no mesmo sentido.
Por último, Ver. Adeli, quero dizer que o movimento
que faz o Governador Sartori apontando a privatização de alguns equipamentos
públicos do Rio Grande do Sul é um grande equívoco, e eu quero me referir aqui,
Ver. Pablo, principalmente, à Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul e ao
nosso Jardim Botânico que todos conhecem ali, no bairro Jardim Botânico.
Para que serve um Jardim Botânico? Para que serve
uma Fundação Zoobotânica? Ali tem uma das maiores coletâneas de plantas, não só
do Rio Grande do Sul, do Brasil e do mundo; ali se pesquisa todo
desenvolvimento da cadeia dos recursos naturais, da relação da flora e da
fauna; ali se desenvolvem tecnologias para alimentos saudáveis; ali tem um
conjunto de pesquisadores que fazem um papel importante para o Estado. Se
privatizar a Fundação Zoobotânica fosse resolver o problema do Rio Grande do
Sul, poderíamos fazer uma discussão, mas está longe de isso ser qualquer
possibilidade de salvação da economia do Rio Grande do Sul.
Então, eu quero aqui registrar, porque os
profissionais, que trabalham na Fundação Zoobotânica, fizeram ontem ali uma
manifestação, fizeram hoje em frente ao Palácio Piratini e, no final de semana,
estarão promovendo um piquenique lá no Jardim Botânico para que as crianças,
para que todas as pessoas entendam o valor que têm a Fundação Zoobotânica e o
Jardim Botânico em qualquer Cidade, em qualquer Estado, em qualquer País do
mundo. Os países mais desenvolvidos têm os maiores jardins botânicos públicos
para que a população possa ali aportar todas as descobertas da natureza e para
que os pesquisadores possam manter esse patrimônio como um patrimônio público...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. ENGº COMASSETTO: ...Para concluir,
quero dizer aqui que iniciei falando da saúde e termino aqui falando do Jardim
Botânico e dos potenciais, dos recursos naturais, e isso está diretamente
relacionado. Se nós tivermos uma sociedade e um planeta sadios, teremos a
humanidade também caminhando no sentido de ter vida, de ter tranquilidade, de
ter
paz e ter justiça. E é isso que trabalhamos e construímos no dia a dia. Falei
aqui em nome do PT, do PSOL e do PCdoB. Um grande abraço e muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro
Pinheiro): O Ver. Carlos Casartelli está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo
Governo.
O SR. CARLOS
CASARTELLI: Sr. Presidente, colegas Vereadores, Vereadoras, em nome da bancada do
Governo, eu queria primeiro cumprimentar o Ver. Adeli Sell, que foi, quando eu
era Secretário e ele Vereador desta Casa, um excelente parceiro na busca de
construir – no meu caso que era Secretário da Saúde – uma situação melhor para
a saúde de Porto Alegre. Nunca fomos adversários, mas parceiros na construção
de uma saúde melhor, de uma situação melhor para todos os moradores de Porto
Alegre. Então, cumprimentá-lo é um prazer, e hoje estar aqui tendo o senhor
como colega. O que eu quero falar do projeto aos colegas que estão nas
galerias, aos servidores da área da Saúde, aos futuros servidores em breve, aí,
se Deus quiser, é sobre o projeto de criação de vagas para técnicos de
enfermagem, que foi, realmente, criado com o esforço de muitos: dos sindicatos,
dos servidores que se mobilizaram. É um projeto que já havia na legislatura
anterior, e a Prefeitura, através da Secretaria, já tinha mandado um projeto
para cá, que criava, na ocasião, mais de 100 cargos de técnicos de enfermagem.
Agora, o projeto cria mais de 60 cargos de Enfermagem, convertendo os cargos
que se extinguiram de Auxiliar de Enfermagem para o cargo de técnicos. Esse
também foi um trabalho conjunto, em que participaram, além do Sindicato, da
manifestação dos servidores, todos os Vereadores desta Casa. Eu, como
ex-Secretário da Saúde, já havia aberto esse processo lá na Secretaria, na Prefeitura,
solicitando a criação dos cargos. E aqui na Casa, todas as lideranças dos
partidos da base, como também os demais Vereadores, fizeram um ato, um esforço
conjunto, para que, realmente, esse projeto chegasse aqui. A base de Governo
fez várias reuniões com o gabinete do Vice-Prefeito principalmente, para que
esse projeto viesse para cá, conforme o nosso compromisso com a saúde de Porto
Alegre. Aquilo que todos vocês querem é o que todos nós queremos: uma saúde com
mais recursos. Infelizmente, estamos numa situação em que o Governo Federal e o
Governo Estadual fizeram cortes importantes dos recursos para a área da Saúde,
e são os Municípios que, realmente, custeiam a maior parte da saúde no nosso
País.
Quero parabenizar todos os Vereadores que aprovaram,
todos os nossos companheiros que se reuniram e lutaram por esse projeto, como o
nosso Líder de Governo, o Ver. Kevin Krieger, os líderes de cada bancada e os
Vereadores da oposição, que também tiveram a mesma luta para que esse projeto
chegasse a Casa. Nós já estamos assinando o parecer conjunto para que possamos
votar hoje. Espero, realmente, quanto a esses mais de 60 cargos que estão sendo
criados, que a Secretaria da Saúde obtenha as condições para fazer as nomeações
o mais rapidamente possível, porque há, sim, necessidade de servidores nos
nossos hospitais da Prefeitura de Porto Alegre, nos nossos pronto atendimentos
e nas nossas unidades de saúde. Então esperamos que, em breve, vocês sejam
nomeados, para que possamos, também, através disso, dar melhores condições de
atendimento na área da saúde.
Por último, eu
quero apenas fazer menção, Sr. Presidente, e pedir que estes dois projetos
sejam prioridade: o da criação dos cargos e o Projeto de Lei do Legislativo nº
279/14, item 2 da priorização de votação de hoje, já que nós estamos aqui,
também, com os guardas municipais. Temos preferência, então, por votar estes
dois projetos: o que cria os cargos para a área da saúde e o Processo nº
2.993/14, que estende gratificação por atividade especial a detentores do cargo
de Guarda Municipal de Porto Alegre. Parabenizo todos vocês e peço que sejam
priorizados esses dois projetos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Idenir
Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, primeiro,
quero dar as boas-vindas ao Ver. Adeli Sell, que, como Secretário da SMIC, fez
um trabalho importante, que, depois, nós conseguimos concluir. Pena que, agora,
a coisa desandou de novo, Adeli, mas tenho esperança de que, com força, a gente
recupere isso.
Ver. Alberto, eu, que escutei o seu pronunciamento,
acho que o senhor foi muito feliz, retratando a realidade. Acho que ninguém
quer golpe, ninguém quer mudar o resultado das eleições. Nós queremos apenas
que o Governo acerte o passo.
Ver.ª Fernanda Melchionna, foi oportuno o seu
pronunciamento. Às vezes, as pessoas me perguntam como eu concordo tanto com a
Ver.ª Fernanda Melchionna que é do PSOL. Eu concordo com a coerência, com
qualquer partido ou Vereador. É verdade, o Rio Grande do Sul está hoje
ameaçado, não só chantageado, mas é um contrato leonino. Pena que não tem
Procon para o Governo Federal e governos, porque, quando a Telefônica faz um
contrato desses com letras pequenas, o Procon pega. O Governo Federal não tem
Procon, porque o Procon é ele mesmo. O Estado não repassa para os Municípios,
não repassa para o hospital... O Governo Federal, que emite dinheiro para tanta
coisa, pagou e paga tantos juros para os banqueiros, acho que podia fazer uma
concertação nacional e resolver esse problema. Não é isso que está levando ao
déficit público. O Ministro da Fazenda hoje cancelou a reunião com o Governador
do Rio Grande do Sul num momento em que a Presidente está tentando restabelecer
a base, acho que era o momento dos 31 Deputados Federais do Rio Grande do Sul
dizerem: “Ah, o Sr. Ministro da Fazenda não recebe o nosso Governador, os 31
Deputados do Rio Grande do Sul juntos, como fazem os nordestinos, não vão mais
votar no projeto até atender o Governador!” Acho que isso foi uma descortesia
do Ministro da Fazenda cancelar a reunião só porque na noite anterior os seus
auxiliares colocaram o Estado do Rio Grande do Sul de joelhos para pagar essa
dívida. Acho que quando temos coerência, temos de lembrar delas.
Quero dizer ao Ver. Comassetto que o problema
realmente não é a Fundação Zoobotânica, o problema é como incharam essas
fundações, como há gastos, conselhos nas estatais... Acho que tem que tirar
todos os conselheiros e colocar funcionário público que não precise ganhar
jeton nos conselhos fiscais, nos conselhos de administração – só ali daria uma
demonstração. Mas eu sou a favor. sim, e, nesse caso das fundações, sobre a
Fundação Zoobotânica, não é privatizar, não; é repassar para que alguém tenha
esse cuidado. Eu acho que faltou boa vontade do Ver. Comassetto. O que se fala
na mensagem é de passar a Fundação Zoobotânica para uma universidade, o Jardim
Botânico para uma universidade para continuar as pesquisas com qualificação,
sem ter essas coisas. E o Estado do Rio Grande do Sul cuidar das coisas que ele
precisa cuidar: da saúde, da educação e da segurança – e nós estamos precisando
muito dessas três coisas.
Por falar em
saúde, eu quero dizer aos técnicos de enfermagem que aí estão que não é favor
de nenhuma bancada votar hoje, para vocês. Não tem favor. Esse projeto veio do
Governo Municipal, e é nossa obrigação fazer esse ajuste, esse acerto, para que
vocês possam continuar fazendo o trabalho que sempre fizeram, que fazem com
competência, com sacrifício. Eu tenho técnico de enfermagem em casa, eu sei o
que é: é trabalho, trabalho e trabalho. E os técnicos são muito mais
reconhecidos pelos pacientes do que pelos gestores e pela população em geral.
Então, vocês merecem aquilo que nós estamos
votando. Por isso volto a dizer, não é mérito meu, não é mérito de nenhuma
bancada, de nenhum Vereador; isso é mérito de quem trabalha, e nós precisamos
fazer as coisas dentro da lei. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 15h29min): Havendo
quórum, passamos à
O SR. KEVIN
KRIEGER (Requerimento): Sr. Presidente, solicito alteração da ordem de
priorização. Nós temos três projetos que já foram priorizados, e em quarto
lugar solicito que seja colocado na Ordem do Dia o PLE nº 021/15, conforme deliberação das nossas lideranças.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Consulto os Vereadores se há acordo quanto às 48
horas necessárias para entrar na Ordem do Dia. (Pausa.) Há acordo.
Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Kevin
Krieger. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 064/15 – (Proc. nº 1260/15 – Ver. Reginaldo Pujol) – requer Moção
de Solidariedade com o Deputado Federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB/SC), por
proposta contida no Projeto de Lei nº 3722/12, que disciplina as normas sobre
aquisição, posse, porte e circulação de armas de fogo e munições e dá outras
providências.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento nº 064/15. (Pausa.) O
Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 064/15.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, eu gostaria de
pedir um minuto da atenção de todos para que pudéssemos realmente nos
aprofundar um pouco neste debate, de forma não polarizada, não partidária, sem
paixões, mas procurando fazer um diálogo.
Eu gostaria de chamar a atenção dos colegas que não
têm proximidade com a matéria, no sentido de que este projeto de lei não
discute o direito ao porte e posse de arma. Não é este o debate que vamos fazer
e que o projeto propõe. Gostaria de chamar a atenção dos colegas, porque eu sei
que muitos, aqui, defendem o direito – não é o meu caso – ao porte e posse de
armas. É um debate a ser feito, e, também, me disponho a fazê-lo, obviamente,
porém, Ver. Janta, não é disso que o projeto de lei do Deputado Peninha trata;
o projeto de lei é uma completa desregulamentação do processo de porte e de
comercialização de armas de fogo no Brasil. Então, estamos indo de um polo para
o outro polo, com consequências, que, depois, talvez, nós não possamos mais
ajustar.
O que defende este projeto? Entre outras coisas,
por exemplo – e me chamou muito a atenção, Ver. Cassio –, a redução de pena
para o comércio ilegal de armas. É um projeto que se diz vindo dos que são
contra a criminalidade, mas, na verdade, ele reduz a pena mínima de cinco para
três anos, colegas da Guarda, para quem vende armas ilegais. E, depois, os
colegas da segurança vão ter que lidar com este conjunto de armas circulando,
mas ele reduz a pena do porte ilegal. Imaginem o trabalho hoje... O Estatuto tem
questões positivas, questões que nós temos que discutir, mas há conquistas das
próprias forças de segurança pública, que deram mais poder, tornaram
inafiançável o porte ilegal, dando mais poder para que o policial prenda, e a
pessoa, seja bandido ou não – isto quem decide é a Justiça –, não saia da
cadeia.
O projeto também prevê que a pessoa faça licença
para o porte de arma apenas uma vez na vida e nunca mais tenha que renovar o
seu porte. Mas até para mantermos a carteira de motorista temos que fazer uma
renovação a cada cinco anos! Eu aceito muito a discussão sobre os valores, acho
que são muito altos hoje, penalizam demais. O objetivo é regulamentar, é manter
dentro da legalidade, e realmente, talvez, hoje, os valores sejam excessivos.
Mas imaginem a pessoa nunca mais ter que fazer uma renovação da sua licença,
nunca mais fazer o teste psicotécnico, nunca mais fazer o teste de tiro! Quem
fica por 20 anos sem atirar perde a capacidade e vai continuar tendo o mesmo
direito com relação à arma. Ele aumenta a munição de 50 munições, que a pessoa
pode ter em sua posse, para 600! Vejam que não estamos falando dos clubes de
tiro, Ver. Paulinho; estamos falando do que a pessoa pode ter em casa. Alguém
acha que 50 balas não é o suficiente para a sua proteção e aumenta de cinco
para nove armas em casa. Por que ter nove armas em casa?
Então, o que quero mostrar aqui, Ver.ª Lourdes
Sprenger, é que, independente do debate sobre o direito da posse de arma – sei
que é um debate legítimo que a sociedade faz –, estamos tratando de um projeto
que vai lá para o outro polo e abre totalmente a legislação brasileira.
Outro elemento, só para finalizar, é a questão dos
antecedentes. Eu fiz um estudo, esse tema foi objeto do debate da audiência da
comissão, e o que projeto prevê é que quem comete crime culposo pode manter a
posse de arma. Então, por exemplo, uma pessoa que seja condenada por agressão
poderá continuar tendo porte de arma, inclusive se ela for condenada por várias
agressões. Então, eu gostaria de pedir aos colegas que fizéssemos um debate. O
projeto acaba com a possibilidade da destruição das armas, inclusive
apreendidas com os bandidos. Novamente nós voltaremos a fazer grandes
reservatórios, bunkers de armas, que
depois sofrem assaltos, roubos, e essas armas voltam para as mãos do crime. E
hoje essa arma é destruída com mais celeridade, retirando as armas ilegais de
circulação. Então, eu peço atenção, que façamos um diálogo respeitoso aqui, mas
com o cuidado de não estarmos abrindo excessivamente, de uma forma para muito
além da discussão sobre esse direito.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 064/15.
O SR. NEREU
D'AVILA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores
que nos honram com suas presenças, funcionários, jornalistas, enfim, nosso povo
de Porto Alegre; muitas pessoas não estão lembradas que houve um plebiscito,
uma consulta popular da mais alta legitimidade. Um plebiscito em que todos os
brasileiros poderiam se manifestar com a seguinte pergunta: “O comércio de
armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?” Essa era a pergunta que
nós deveríamos responder. E havia a certeza ou a quase certeza de que... Aliás,
o encaminhamento da pergunta já era no sentido da seguinte resposta: “Sim, deve
ser proibido”. E qual foi a surpresa? O povo brasileiro, homens e mulheres,
votaram assim: “Não deve ser proibido”. Foi uma consulta, o povo se manifestou,
nada mais legítimo. Pois bem, isso não foi cumprido! Esses dias, numa das
inúmeras reportagens de armas apreendidas da bandidagem, fomos surpreendidos
com a fotografia de uma arma russa, que é absolutamente proibida, sendo
permitido o uso para as Forças Armadas. Não se sabe como...Olha, sabe-se que
entram pelas fronteiras, porque estão ao léu. O que isso quer dizer? Quer dizer
que os bandidos não estão somente bem armados, como também estão com armas
supersofisticada.
Então, nem vou entrar no mérito do Requerimento,
que é de autoria do Ver. Pujol; e ele conhece ou deve conhecer o conteúdo do
projeto do Deputado, que é do PMDB de Santa Catarina, não é da Arena. Mas
enseja uma boa discussão, e eu ouço discursos e manifestações como se a
resposta dos brasileiros fosse que deveria estar proibido. Legalmente é
concedida – ou seja, através do conhecimento das polícias, seja federal,
estaduais, seja qual polícia for – uma arma ao cidadão que assim o requisitar e
fizer jus a essa arma. Os mais velhos se lembram, não vai ser como na Legalidade:
chegava-se ali na Av. Borges de Medeiros, entrava-se na fila e se ganhava um
revólver, um Taurus, ia para casa com o revólver para defender a legalidade, a
posse do Jango, mas, graças a Deus, não foram necessárias armas, nem houve
derramamento de sangue, porque o Brizola venceu os militares na raça, com o
General, Comandante do 3º Exército, que apoiou a legalidade.
Enfim,
então, Ver. Pujol, parabéns pela iniciativa. Não conheço o projeto do Deputado.
Ouvi o Ver. Kopittke, que coloca algumas questões sobre o projeto, mas eu não
vou entrar nesse mérito. Eu estou elogiando o mérito da discussão. Nós temos
que discutir, nós, da Câmara, os cidadãos, todos os responsáveis porque o
plebiscito autorizou a venda. Se alguém quiser e tiver condições de ter arma, por
que não? Os bandidos têm as melhores armas e as usam contra os inocentes,
principalmente contra as mulheres, que não podem mais nem andar sozinhas de
carro. Então, essa discussão tem que ser feita, sim, e, no meu entendimento,
tem que ser respeitado o que o plebiscito decidir.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra
para encaminhar a votação do Requerimento nº 064/15.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Eu me inscrevi, Presidente, logo depois da
intervenção do Ver. Nereu, porque acho que há alguns elementos que precisam ser
vistos nesta discussão com base em estatística, em estudo dos fatos em relação
à violência social no Brasil. Como vocês sabem, nós temos, no PSOL-RJ, o
Deputado Estadual Marcelo Freixo, que presidiu a CPI das milícias, quando se
identificou os tentáculos de uma verdadeira máfia armada que impunha – e segue
impondo – o terror aos moradores das periferias no Rio de Janeiro. Muitos
conhecem o trabalho do Freixo pelo Deputado Fraga, do filme Tropa de Elite II.
O João Ezequiel está aqui, esperando e lutando pela
aprovação do nosso projeto para os técnicos de enfermagem junto com os
lutadores e lutadoras da área da saúde.
Só que o Marcelo Freixo presidiu outra CPI, Ver.
Delegado Cleiton, a CPI das armas, no Rio de Janeiro. E o Ver. Nereu dizia,
Alberto, que a bandidagem – termos do Vereador – está bastante armada no
Brasil. E é verdade que tem muita violência social, e o crime organizado é
muito armado no Brasil, mas vocês sabem quanto por cento das armas que o crime
organizado controla vêm de armas legais, armas vendidas, armas que podem ser
compradas hoje, conforme o Estatuto das Armas do Brasil? Oitenta e três por
cento! Oitenta e três por cento das armas apreendidas no Rio de Janeiro com o
crime organizado, das mais variadas matizes, eram armas legalizadas, eram armas
que foram compradas legalmente. E muitas delas, obviamente, foram roubadas.
Nós tivemos o caso grave que o Ver. Alex falava
agora de um policial, semana passada, num mercado – e
eu quero me solidarizar com a família –, que foi assassinado justamente ao
tentar reagir a um assalto, e roubaram a arma desse policial.
A discussão, eu acho,
não é sobre a possibilidade ou não do armamento ou do desarmamento, porque o plebiscito
era sobre o inciso II do Estatuto que proibia as armas no Brasil. Eu nem quero
fazer esse debate, muito embora pudesse ser feito, Ver.ª Séfora, pois quem tem
armas em casa corre mais risco de ser assassinado do que quem não tem. O risco
é de 150% a mais. Nós poderíamos discutir os casos de suicídio. Muitas vezes,
um adolescente... Eu sei porque tenho proximidade com um caso grave assim, de
um adolescente que pegou a arma do pai e, infelizmente, deu fim a sua própria
vida. Nós poderíamos discutir muitas estatísticas. O que eu acho é que esse
projeto, na verdade, desregulamenta completamente a questão da posse de armas.
Qualquer um de nós tem que renovar a carteira de motorista de cinco em cinco,
ou de dez em dez anos. É uma atividade que, de fato, precisa ter controle. É
preciso que a pessoa tenha todas as condições para dirigir. E para ter uma arma
não precisa, gente? Para ter uma arma, um exame, numa vida inteira, até os 70
anos, vale? Para andar armado, vale? Aumentar o número de munições, 600 munições!
Eu acho que, para reduzir homicídios – e se precisa reduzir homicídios, nós
vivemos num País que tem altíssimos índices de homicídio, maior do que muitos
países em guerra civil –, é necessário ter política de segurança, uma política
que comece no pagamento do salário dos brigadianos e vá até o chamamento no
concurso, até uma vinculação da luta por segurança pública e direitos humanos.
Política de segurança com entrada única na Brigada para investigar os
homicídios: 97% dos processos de homicídio no Brasil são arquivados, e os
assassinos estão soltos! Tem que ter investigação, tem que ter inquérito! Crime
contra a vida tem que ser investigado.
O que não dá é para
fazer a política do factoide, que, na verdade, financia e ajuda a indústria
armamentista, e que pode, infelizmente, aumentar a violência social e o
descontrole – 83% das armas que estão nas mãos do crime organizado vieram de
armas legalizadas. Boa tarde a todos.
(Não revisado pela
oradora.)
(O Ver. Paulo Brum
assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Clàudio
Janta está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 064/15.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Paulo Brum;
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu acho que o Ver. Reginaldo Pujol traz um
assunto muito importante para a gente começar a discutir. Aqui no Brasil é
assim: a gente decide as coisas, e as coisas não são cumpridas. O povo
brasileiro foi às urnas e decidiu pelo direito de ter arma, o direito de andar
armado, o direito de ter o porte de arma, mesmo com toda a campanha que foi
feita com artistas da Rede Globo. As pessoas que defendiam o direito de ter
arma ganharam rótulos, como a bancada do armamento, a bancada da bala, a
bancada não sei do que – rótulos! Mesmo assim, com todos os intelectos, com
todos os artistas e cantores, com tudo, o povo foi às urnas e derrotou, pedindo
o direito de ficar armado.
A Ver.ª Fernanda Melchionna trouxe, realmente, uma
estatística: que as armas que causam a lotação do Pronto Atendimento Cruzeiro,
do Pronto Atendimento Bom Jesus, do Pronto Atendimento Lomba do Pinheiro, que
vêm do Rio de Janeiro para cá, que entram através da nossa fronteira, que é
livre, que não tem um controle – proíbe as empresas de se instalarem, mas
permite que esse armamento entre –, realmente são armas legalizadas: são armas
que saem de dentro dos quartéis. São armas legais que saem de dentro dos
quartéis! Agora, o povo foi para a rua e pediu o direito de estar armado; aqui
na Câmara de Vereadores, por exemplo, se as pessoas resolverem invadi-la, sabem
que aqui nós só temos dois Vereadores que estão armados: o Ver. Delegado
Cleiton e o Ver. Márcio Bins Ely – só os dois têm porte de arma, só os dois
podem andar armados. Hoje, nenhum cidadão, inclusive os agentes de segurança
aposentados, pode andar armado. Nós temos lendas urbanas! Um policial civil,
Ver. Delegado Cleiton, após aposentado, se não renovar o seu porte
periodicamente, passa a ser uma pessoa ilegal, ele é preso por estar andando
com uma arma de fogo. Uma pessoa que dedicou toda a sua vida para proteger a
vida dos outros, torna-se um fora da lei e é preso! Então, acho que temos que
rever algumas questões. O Ver. Alberto Kopittke disse muito bem, há coisas que
são salutares; vender armas ilegais – acho que não temos que mexer nisso; mas
em outras questões, sim. Não pode uma pessoa que trabalhou a vida inteira
preservando as nossas vidas, de uma hora para outra ser tratado como marginal.
Um tenente, um sargento, um cabo da Brigada Militar se aposenta, não renovou o
porte de arma por descuido ou qualquer coisa, acaba sendo preso – mas ele
trabalhou a vida inteira armado e não renovou o seu porte de arma. Então, acho
que tem que haver critérios e a pena para quem é pego, para quem mata, como
aquele que matou uma menina, há 15 dias, lá na Vila Cruzeiro, com um tiro na
cabeça – que não foi acidente, não foi bala perdida, foi uma execução –, tem
que ser bem severa. Acho que temos que discutir. V. Exa. traz, novamente, uma
grande discussão para a Casa do Povo de Porto Alegre. Então, vamos votar junto
com V. Exa. esta moção para fazermos essa grande discussão, já que o povo
brasileiro votou no referendo, no plebiscito, o direito de andar armado, o
direito de a Guarda Municipal andar armada, o direito de os vigilantes andarem
armados – hoje em dia os vigilantes não podem andar armados, é uma burocracia
para tirar um porte de arma. São pessoas que ficam protegendo a nossa vida, e
não é só o patrimônio que eles protegem; hoje em dia, o vigilante é um agente
de segurança junto com a Guarda Municipal, junto com a Brigada Militar, junto
com a Civil, é um agente de segurança. Então, vamos votar favoravelmente para
que haja a discussão deste tema, que é de extrema importância juntamente com a
saúde e a educação. E quanto ao desarmamento, a forma como o povo poderá usar a
arma, é um tema que interessa a todos, principalmente para os bandidos saberem
que as pessoas podem ter esse direito, que não é proibido as pessoas andarem
armadas. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 064/15.
A SRA. MÔNICA
LEAL: Vereador-Presidente, Vereadores colegas, pessoas que nos prestigiam com
suas presenças e também os funcionários desta Casa, antes de mais nada, quero
fazer um registro aqui: me interesso muito por esse tema, leio muito, pesquiso,
me oriento, debato, então não estou aqui utilizando esta tribuna no achismo. Na
segunda-feira, participei do Seminário do Desarmamento, convidada pelo Deputado
Ônix, com muita honra estive lá, e não só escutei como me posicionei nesta
questão do projeto do Deputado Federal Peninha, e inclusive apontei itens que
me preocupavam, e o Deputado mandou material em seguida me esclarecendo. O que
é importante deixar claro neste momento é que somos solidários com a proposta
do Deputado Peninha. Não é o melhor dos projetos, na minha concepção, poderia,
e acredito que, através de emendas na tramitação, acontecerão mudanças
importantes, e eu mesmo já participei de conversas sobre isso, mas o Ver. Pujol
foi extremamente feliz em criar essa moção de apoio ao projeto do Deputado
Peninha. Prestem bem atenção e lembrem sempre desta frase que aprendi com um
sábio homem da área da segurança pública, Pedro Américo Leal: “Nós temos que
criar no bandido a teoria da dúvida, o que não pode acontecer é o bandido saber
que não temos arma”. Ou seja, entra na casa, invade um sítio, bota a arma na
janela de um carro... Eu já fui assaltada com a arma na cabeça da minha filha,
grávida, e eu com uma neta de três anos na mão! E o que vou dizer ao bandido?
Por favor, o senhor leva o carro, me dê a minha filha, a minha neta. Ora,
senhores e senhoras, eu fico revoltada com a teoria do conformismo: “Não
reaja.” E o bandido solto! Cada vez mais cresce a bandidagem neste país pela
impunidade! Não, eu quero criar a teoria da dúvida, o bandido tem que achar que
estou armada. Porque se ele tentar me assaltar ou me tirar a
vida ou de algum familiar meu, eu vou responder com chumbo, com bala, é um
direito meu. É isso que eu defendo na tribuna. Sobre o projeto, eu acredito que
este projeto vá receber emendas na sua própria tramitação. O assunto é muito
extenso, mas eu sou sabedora de que o Estatuto do Desarmamento foi implantado
com a tentativa, ou com o receio, de que as pessoas não usassem armas para
qualquer coisa, e não deu certo. Vocês querem ver por que não deu certo? Olha
aqui, o desarmamento foi implantado, o número de homicídios praticados por arma
de fogo aumentou no Brasil, sabem quanto? Em 6,95%. O Brasil tem o maior número
absoluto de homicídios do mundo! Não sou eu que estou falando, isso é segundo a
Organização Mundial de Segurança, 64 mil em um ano. A taxa de homicídio
brasileira é de 26,8% casos por cem mil habitantes; a taxa mundial é de apenas
6,2 mortes por cem mil habitantes. A lei foi eficiente em desarmar o cidadão de
bem, e muito eficiente para armar o vagabundo, o bandido. Então, Ver. Pujol,
nós somos solidários com o projeto do Deputado Peninha, que eu acredito que mereça,
na tramitação, algumas emendas para qualificar. Mas jamais esperem que eu suba
a uma tribuna ou utilize a imprensa para defender bandido contra o cidadão de
bem. Obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Alberto
Kopittke está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 064/15, pela
oposição.
O SR. ALBERTO KOPITTKE: Caros colegas, peço a
paciência de todos para mais essa minha vinda à tribuna, porque, realmente,
acho que o assunto é deveras importante. Efetivamente, o assunto é grave, mas a
gravidade do assunto sempre tem que nos fazer ter muito cuidado para nós não
tomarmos soluções radicais, inclusive, muitas vezes sem estudos das
consequências. Mas o que nós estamos debatendo, sublinho novamente, caso alguém
esteja disposto ao livre convencimento, e acredito que estão, o que nós não
estamos debatendo, Ver. Janta, é a liberação do porte de arma, o que é um
assunto legítimo de ser debatido. Existem no Congresso mais de 15 projetos de
lei prontos para irem à votação na Ordem do Dia, Ver. Pujol, para permitir o
porte de arma para as pessoas, abrir novamente o porte de arma. Só que não é
isso que este projeto trata. Este é um projeto que interessa especificamente à
indústria da arma e que eu gostaria de chamar atenção, eu sei que aqui tem
vários Vereadores que tratam do assunto da criança e do adolescente; ele
libera, por exemplo, Ver. Elizandro Sabino, que trabalha muito a questão da
propaganda do álcool, ele libera a propaganda de armas na TV novamente, em
jornais, TV, independentemente de horário. Eu acho isso sério! E eu não acho
que isto seja solução para reduzir a violência no Brasil, difundir que cada um
de nós pode ter nove armas e 600 munições em casa, num País que tem – e está
certo criticar o Governo Federal atual – tem 97% de impunidade em homicídio. Os
Estados Unidos têm 15% de impunidade e conseguiram reduzir, Ver.ª Mônica, em um
terço os homicídios nos últimos vinte anos; não foi mudando a legislação de
armas. Foi fortalecendo e modernizando a polícia, foi criando política de
prevenção para a juventude nas periferias. Assim, os Estados Unidos reduziram
os homicídios que eram iguais aos do Brasil nos anos 80.
Um exemplo aqui de
São Paulo, do PSDB, Ver. Mario Manfro, que reduziu os homicídios em 90% nos
últimos 15 anos. Por que não usar esse exemplo sem mudança na legislação das
armas? O Governo do PSDB em São Paulo assim o fez. O Governo do PSB em
Pernambuco reduziu, nos últimos oito anos, em 45% o número de homicídios. É
possível! E são experiências que não são do meu partido. Infelizmente, eu não
tenho nenhuma experiência exitosa do meu partido para trazer aqui; eu gostaria
muito de ter. Mas vários outros partidos têm experiência de redução trabalhando
com a juventude negra e outras formas. Então, é possível, sim, reduzir a
violência sem mudar e espalhar armas. E repito que este projeto de lei não
trata do direito do cidadão de ter arma, ele trata de uma disseminação da
indústria da arma no Brasil. O Brasil é o segundo maior exportador de armas do
mundo, e eu não acho que seja um título muito bom para um país que tem orgulho
por estar há mais de cem anos fora de guerras. E nós temos vários dados sobre
como um cidadão se torna muito mais vulnerável ao homicídio, tendo uma arma e
não sabendo manejá-la, mas não quero discutir isso. Não quero discutir o quanto
isso aumenta a vulnerabilidade dos policiais, Delegado Cleiton, que muitas
vezes não têm o devido treino que deveriam ter por parte do Estado e estão
sendo vítimas, cada vez mais, de armas de fogo. Eu não acho que mais armas vão
proteger os nossos policiais, mas nós temos várias alternativas no Congresso.
Temos, sim, Ver. Janta, projetos que liberam aposentados a terem armas, mas não
é esse. Este projeto está tramitando, e na sua condição, a sua maioria é de
Deputados financiados pela indústria de armas, não estão preocupados com a
segurança. Aliás, das 12 pessoas que falaram na audiência pública... Eu fui
porque o assunto é muito importante, mas não falou nenhum pesquisador em
segurança pública. Promotores falaram sobre as reformas da justiça criminal e
têm legitimidade para tanto; delegados falaram sobre as suas competências e
sobre a melhoria dos serviços das polícias, mas não falou nenhum pesquisador em
segurança pública. O maior pesquisador da segurança pública, no Brasil, de um
setor que não é de esquerda, que é linha dura, que defende o encarceramento em
massa, o que eu não defendo, é o Coronel José Vicente, ex-Secretário de
Segurança Pública de São Paulo e do Governo Fernando Henrique, e tem dado
reiteradas entrevistas de que este projeto é um equívoco.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
064/15.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, eu nem pretendia falar. Aliás, depois que o Ver.
Nereu D’Avila, o Ver. Clàudio Janta e a Ver.ª Mônica Leal se manifestaram,
desnecessário seria algum outro comentário.
Eu venho à tribuna
para dizer simplesmente o seguinte: nós estamos discutindo muito, hoje, aqui,
quando a Casa está, inclusive, na expectativa de que votem, ainda no dia de
hoje, o projeto de interesse da Saúde do Município de Porto Alegre, e estamos
encontrando argumentos de todas as áreas. Ora, o que nós estamos propondo? Nós
não estamos propondo que esta Câmara vote o projeto, Ver. Sabino, e decida a
sorte do País a respeito disso, porque não é competência nossa. Eu falo em uma
manifestação de solidariedade com a proposta, que propõe e abre o caminho para
a discussão, para o diálogo, para o acerto e para a composição.
O próprio líder maior
da oposição ao projeto, o Ver. Kopittke, vem aqui e diz o seguinte: tem 19
projetos assemelhados a esse tramitando na Câmara dos Deputados, sendo que
alguns há mais de 20 anos, sem definição. Então o que nós estamos dizendo?
Estamos apoiando a proposta que se encontra mais avançada, para que ela,
efetivamente, seja discutida no fórum competente, que é a Câmara dos Deputados.
Eu não tenho dúvida nenhuma – e os debates que ocorreram aqui em Porto Alegre
deixam isso muito claro – de que esse projeto não será aprovado na íntegra.
Sofrerá substanciais transformações, algumas das quais, inclusive, contra a
minha postura, contra a minha posição, contra o que eu acho que deveria ser
mantido.
O que nós não podemos
Ver. Nereu, e V. Exa. tem toda razão, é ficar de braços cruzados vendo ser
desmoralizada a Nação brasileira, que foi convocada a opinar sobre o
desarmamento. Oitenta por cento rechaçou a lei hoje vigorante de uma forma inequívoca
de manifestação popular, quando todos os Poderes da Nação eram utilizados num
combate sistemático a essa posição. O Ver. Clàudio Janta, inclusive,
estabeleceu esse fato. Então vamos respeitar o público brasileiro, que não quer
que vendam armas na esquina, que quer que sejam disciplinados o uso, o transporte, o porte e a manutenção, de forma que não
transforme um cidadão de bem que, por acaso, depois de três anos, cinco dias,
seis meses, 15 dias, sem exploração qualquer surpreendido com
a arma sem registro na sua residência possa ser escandalizado, punido e
processado.
Ora,
discute-se, no momento, duas coisas: é legítimo ou não os brasileiros
entenderem se é bom ou não em determinadas circunstâncias se promover a
autodefesa, ainda mais num país em que estão matando gente todos os dias. E lá
no interior da minha Quaraí, Ver. Villela, ou lá na sua Uruguaiana, quando o
problema se aprofundar, o que eu faço? Ligo para o 156 e fico esperando que
três anos depois ele venha e encontre toda a minha família morta? Ora, chega de
querer fantasiar uma realidade que é vigorosa. O Brasil não lucrou nada com o
Estatuto do Desarmamento. É bom que os nossos legisladores, discutindo a
matéria, arquivem o mesmo e o substitua por um estatuo adequado à realidade e
às necessidades nacionais. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Márcio
Bins Ely está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
064/15, pelo Governo.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Sr. Presidente,
Vereadores, Vereadoras, público das galerias, da TVCâmara, senhoras e senhores,
quero registrar o agradecimento ao Líder do Governo, Ver. Kevin Krieger, que me
permite fazer este encaminhamento, uma vez que o nosso Líder, Ver. Nereu
D’Avila, já encaminhou em nome do PDT. Inicialmente, quero cumprimentar o Ver.
Reginaldo Pujol pela iniciativa, porque a pauta da segurança preocupa a todos
nós. Não sei se em função do parcelamento dos salários, concomitantemente,
tivemos um aumento expressivo no número de assaltos, roubos e assassinatos.
Existe uma preocupação da sociedade em geral no fato de que os bandidos são
detentores da informação de que a sociedade está desarmada, ou que é muito
difícil que se possa auferir um registro ou um porte de arma, o que é quase
inatingível. O Ver. Clàudio Janta mencionou a situação que diz respeito a nós
termos o porte de arma. Faço aqui o registro da presença do nosso ex-presidente
da Associação dos ex-alunos do CPOR, Muniz Job, da Arma de Cavalaria, e na
condição de Segundo-Tenente, R2, da Arma de Cavalaria, mobilizada até 2020,
portanto, integrante das Forças Armadas.
Nós sabemos que os controles de Fronteira, hoje,
são muito frágeis no nosso País. Percebemos armas de última tecnologia nas mãos
de bandidos, fuzis, enfim. Nós, às vezes, nos perguntamos de que maneira vamos
poder fazer um enfrentamento, como a população pode se proteger, porque, na
realidade, só quem não tem arma é a pessoa de bem, porque o bandido não está
nem aí para registro, porte de arma, nem para nada. Ele vai ali, compra no
câmbio negro, muitas vezes, arma roubada.
Essas iniciativas são importantes para fomentar o
debate, sim, para aquelas pessoas que têm um entendimento de que a população
possa se proteger, e o cidadão, chefe de família, ter o direito de proteger a
sua família, ter o direito a portar uma arma. Nós sabemos que, às vezes,
acontecem acidentes, que uma criança pega a arma, porque um pai deixou na
gaveta à altura. Mas não é por causa disso que vamos deixar toda a população
desarmada, como já foi dito aqui, e o plebiscito reafirmou o posicionamento e o
entendimento da sociedade de que o cidadão possa, se necessário for, se
defender com arma de fogo. Ele ter o direito de poder se defender.
Nesse sentido, quero me somar e
fazer esse encaminhamento, de podermos estar aprovando esta Moção de
Solidariedade de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, com o Deputado Federal
Rogério Peninha Mendonça, por proposta no Projeto de Lei nº 3.722, que
disciplina as normas para aquisição, posse, porte e circulação de armas de fogo
e munições, dando outras providências. É nesse sentido, então, que nos
manifestamos, reafirmando o direito do cidadão. Eu pratico e gosto de atirar,
seguido vou ao Tiro Urbano, com o Beto, ao nosso Clube de Tiro do Clube
Farrapos – muitos devem conhecer o Stand, tenho muitos amigos atiradores. A
arma de fogo funciona como o seguro do carro, eu faria aqui uma comparação,
meio mal comparando: ninguém quer usar o seguro, ninguém quer usar um carro
blindado, mas, se uma vez o carro blindado salvar a vida de uma pessoa de um
tiro: “Bah, é muito caro. A blindagem de um carro é R$ 50 mil”. Mas quanto
dinheiro vai sobrar, não é Ver. Pujol, se aquele carro blindado salvar uma
vida? Ou se resolver uma situação de só puxar o brilho da arma? Só no brilho da
arma, às vezes, se resolvem 90% dos problemas. O problema desaparece só com o
brilho da arma.
Eu gostaria de deixar aqui essa
reflexão e esse encaminhamento no sentido de que possamos aprovar esta
iniciativa do Ver. Reginaldo Pujol. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Nereu D' Avila, o Requerimento nº 064/15. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 16 votos SIM, 08 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.
(O Ver. Mauro
Pinheiro reassume a presidência dos trabalhos.)
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2993/14 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 279/14,
de autoria do Ver. Cassio Trogildo, que institui parágrafo único no art. 64 da
Lei nº 6.310, de 29 de dezembro de 1988 – que estabelece o Plano de Carreira
dos Funcionários do Departamento Municipal de Habitação (Demhab), dispõe sobre
o Plano de Pagamento e dá outras providências –, e alterações posteriores,
estendendo gratificação por atividade especial a detentores do cargo de Guarda
Municipal que especifica.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ, CEFOR, CUTHAB e CEDECONDH. Relator-Geral
Ver. Elizandro
Sabino: pela aprovação do
Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 22-06-15.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão
o PLL nº 279/14. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) O
Ver. Cassio Trogildo está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº
279/14.
O SR. CASSIO TROGILDO: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras, público que nos acompanha nas galerias e pela
TVCâmara, em especial os nossos guardas do DEMHAB, que estão aqui nos acompanhando
desde o início da Sessão, a quem eu queria, inicialmente, pedir escusas pela
demora, porque tivemos um projeto anteriormente aqui que nos tomou tempo até
agora, mas, então, chegamos ao momento de encaminharmos este projeto de lei de
nossa autoria, que institui uma gratificação para os guardas municipais que
dirigem.
É importante salientar que na lei dos servidores do
DEMHAB consta que os motoristas têm direito a uma gratificação, Ver. Nereu
D’Avila. O que nós estamos fazendo é estendendo o que está definido na Lei nº
6.210/88, essa gratificação, aos guardas quando eles dirigem; porque, quando
eles dirigem, eles estão cumprindo também a função de motoristas. Saliento que
não estamos inventando nada. Na verdade, o DEMHAB é a última autarquia que
ainda não tem esse reconhecimento, Vereadores Prof. Alex Fraga e Fernanda
Melchionna, para os servidores guardas que dirigem. Recentemente, nós votamos
aqui, de autoria do Ver. Bosco, a mesma gratificação para os guardas do DMAE,
Ver. Paulinho Motorista.
Ou seja, estamos aqui concedendo, Ver. Kevin
Krieger, Líder do Governo, uma questão de isonomia para os guardas do DEMHAB,
Ver. Nedel, Ver. Sabino e Ver. Pablo, Ver.ª Séfora. Por uma questão de
isonomia, estamos também concedendo aos guardas do DEMHAB – quando eles
dirigirem – uma gratificação como têm todos os outros guardas que dirigem nas
outras autarquias e também na Administração Centralizada. E, como já falei
aqui, fazendo jus, essa gratificação que já tem a previsão na lei dos
servidores do DEMHAB, a Lei nº 6.310 – todos os motoristas têm direito a uma
gratificação. Estamos estendendo: quando o guarda municipal do DEMHAB estiver
também dirigindo ele vai ter direito a essa gratificação.
Então, eu, em nome da Bancada do PTB, deste
Vereador, do Ver. Casartelli, do Ver. Paulo Brum e do Ver. Elizandro Sabino,
encaminho pela aprovação deste projeto e que os guardas municipais do DEMHAB,
por uma questão de justiça, quando estiverem dirigindo, tenham direito a essa gratificação.
Muito obrigado e um grande abraço.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para encaminhar a votação do PLL nº 279/14.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente Mauro Pinheiro, Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, servidores, telespectadores da TVCâmara, demais colegas; Ver.
Cassio Trogildo, antes de qualquer coisa, quero dizer que votaremos
favoravelmente ao projeto. Agora, eu vou olhar para todos os senhores: não
esqueçamos da matéria! Vou olhar para o Ver. Nereu D’Avila, homem que domina as
questões de competência legislativa. Eu fico contente que o Vereador, aqui,
representando o seu mandato, a comunidade, tenha feito um reparo que o
Executivo já deveria ter feito. Eu só gostaria de saber, se fosse o Ver.
Bernardino a propor um projeto dessa natureza, se ele também triunfaria, Ver.
Elizandro Sabino, Ver. Nereu, Ver. Reginaldo Pujol. E não é demérito, só estou
citando o nome de alguns Pares que, em outras oportunidades fizeram com que
este Vereador padecesse, quase que com a mesma bandeira, Ver. Pujol, mas, com a
questão de competência legislativa, nós não tivemos a mesma defesa e a mesma
parceria. Eu, particularmente, Ver. Pujol, sempre serei favorável a esse
projeto, projeto que faz justiça. Porque é muito comum o Executivo – e tem
feito nos últimos tempos – encaminhar um projeto e nos deixar a mercê de uma
parcela grande dos servidores de forma discriminada. E nós, aqui, hoje estamos
vendo que o Ver. Cassio fez as vezes que o Executivo deveria ter feito. Vejo
outro servidor, um homem que conhece as questões de direito, o Ver. Dr. Thiago.
Que bom que nós estamos enfrentando esse assunto, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores! Que bom que estamos aceitando que esta Casa, por proposta do Ver.
Cassio Trogildo, seja legítima para propor projetos dessa natureza. Que bom que
todos os senhores, meus prezadíssimos colegas, têm memória boa e que nós
possamos, ali na frente, observar outros servidores do Município que também
ficaram esquecidos, porque – eu não sou Vereador de oposição, mas também não
sou da base do Governo, tenho sido um parceiro – seguidamente o Governo é
vesgo, só enxerga de um lado.
Então, por isso, os nossos cumprimentos, Ver.
Cassio, mas não vamos esquecer que precisamos fazer outros projetos dessa
natureza e espero que todos estejamos – independente quem seja o autor do
projeto – mais unidos, como estamos agora. Parabéns.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Kevin Krieger está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 279/14.
O SR. KEVIN
KRIEGER: Boa tarde. Rapidamente, vou entrar na questão do mérito. Eu tive a
satisfação e alegria de poder ter sido Secretário Municipal dos Direitos
Humanos e Segurança Urbana, de 2005 a 2008, e nós enfrentamos esse tema,
inclusive, na centralizada naquele momento. Hoje, através do projeto de lei do
Ver. Cassio, se faz justiça. Hoje, a única Guarda Municipal do Departamento
Municipal de Habitação, com a aprovação desse projeto, começa também a ter os
direitos que todos os guardas municipais hoje têm. Então, podem contar com a
Bancada do Partido Progressista, que votará unânime em relação à aprovação
desse projeto.
E quero dizer também ao amigo, parceiro, Ver.
Bernardino Vendruscolo, um Vereador independente desta Casa, que eu ainda não
fiquei vesgo. Não estou com esse problema de visão ainda – já estou começando
até usar óculos aos 43 anos, mas esse problema ainda não tenho. Tenho
procurado, ao longo do meu tempo de Liderança de Governo, atender os Vereadores
da base, os Vereadores da situação, os Vereadores da oposição, muitas vezes
sentamos e conseguimos construir alguns acordos ao longo dos últimos meses.
Também há todo um trabalho que estamos tentando fazer com os Vereadores
independentes, e um dos exemplos é o projeto do Ver. Bernardino Vendruscolo, do
IPTU, que nós conseguimos aprovar neste ano e que foi sancionado pelo Prefeito
Municipal de Porto Alegre. Então, esse é o trabalho que vimos procurando fazer,
mas nem sempre conseguimos, Ver. Dr. Thiago, atender a todas as solicitações de
acordo com os Vereadores da base, os Vereadores da situação e os Vereadores
independentes. Tenho procurado fazer todo o esforço possível, Ver. Reginaldo
Pujol.
Este projeto, casualmente, por eu ter estado à frente
da Secretaria de Segurança de 2005 a 2008, vejo como um excelente projeto para
que se possa fazer justiça aos nossos guardas municipais do Departamento
Municipal de Habitação. Portanto, contem conosco, nós estaremos juntos ao
projeto de lei do Ver. Cassio, conte com a Bancada Progressista, estaremos
juntos, os quatro Vereadores presentes votarão a favor. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver.
Dr. Thiago está com a palavra.
O SR. DR.
THIAGO: Presidente, eu só quero hipotecar minha solidariedade e meu apoio ao
Ver. Cassio em relação a este projeto e dizer que sempre acreditei que o nosso
projeto da GIM fosse constitucional mesmo. Parabéns, Ver. Cassio, que possamos,
sem dúvida nenhuma, caminhar nesse trilho.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Está feito o registro. O Ver. Elizandro Sabino
está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 279/14, pelo Governo.
O SR.
ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; senhores e
senhoras que aqui ocupam as galerias nesta tarde; nós estamos enfrentando uma
matéria que tem vários entendimentos jurídicos.
Primeiro, quero dizer da nossa solidariedade aos
moradores da Rua Evangelista Francisco da Silva, moradores que estão aqui e que hoje vêm assistir ao que diz respeito a um projeto indicativo do
Ver. Dr. Thiago, que nós vamos enfrentar logo em seguida. Eu já dizia aos
moradores que um projeto como esse, que diz respeito a local consolidado numa
determinada área já há algum tempo, com certeza, nós estaremos apoiando. De
imediato, trago a palavra nesse sentido. Esse projeto é um indicativo ao
Executivo. Esse tipo de projeto foi uma proposição de início de mandato do Ver.
Bernardino Vendruscolo. Eu compunha a CCJ – Comissão de Constituição e Justiça,
juntamente com o Ver. Bernardino, e ele sempre foi um defensor do projeto
indicativo de lei. Eu lembro que, naquela ocasião, ele trazia, com muito
entusiasmo, a necessidade do retorno do indicativo. Aqui, Ver. Bernardino, nós
temos novamente um projeto indicativo de lei que mobiliza uma comunidade num
pleito legítimo, e nós vamos estar enfrentando essa matéria, votando. Nesse
sentido, V. Exa. se manifestava com ampla razão, hoje vemos a importância do
projeto indicativo. Parabenizo vocês pela mobilização e agradeço a presença
aqui conosco na tarde deste dia.
Com relação ao
projeto de autoria do Ver. Cassio Trogildo, ele busca apenas uma isonomia, que
é um princípio constitucional, uma equiparação, está dentro daquilo que é uma
previsão da legislação trabalhista. Quando um funcionário exerce uma função em
determinado lugar, e outro exerce a mesma função em outro – seja um numa
autarquia, e o outro na Administração Direta ou Indireta –, nós temos o que
chamamos, na Justiça do Trabalho, de paradigma. É o que têm V. Sas., um
paradigma, a existência do que já existe efetivamente em outras administrações,
em outras Secretarias. E vocês, que ainda não eram contemplados, agora serão.
Portanto, parabéns pela mobilização e pela presença. Nós estaremos com vocês
nesta tarde votando favoravelmente. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 279/14.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, este projeto firmado pelo Ver. Cassio Trogildo
está provocando uma pequena digressão, e o tema agora passou a ser coerência
quanto às posições anteriormente tomadas, às posições agora tomadas e assim por
diante. O direito anglo-saxônico, Ver. Janta, diz com muita propriedade o
seguinte: mais do que a lei, há o precedente. Esta Casa tem vários precedentes,
de matérias colocadas na área jurídica como ilegais, inconstitucionais, e a
Casa votou favoravelmente essas matérias. Como eu, pessoalmente, inclusive, Presidente
da Comissão de Constituição e Justiça, votei a favor de projetos do Ver.
Bernardino Vendruscolo que eu sabia que eram inconstitucionais. Então, acho
que, para se falar em coerência nesta hora, a gente precisa falar com muita
firmeza. E quero dizer mais: lembro os Srs. Vereadores de que processos iguais
a este aqui já transitaram na Casa e foram aprovados por unanimidade, em favor
dos Guardas Municipais que estão no DMLU, que estão no DMAE e que estão na
Administração Descentralizada e que eventualmente dirigem veículos automotores
e estão recebendo essa gratificação. Por que não deveriam os Guardas Municipais
que estão no DEMHAB receber idêntico tratamento? É, acaso, o DEMHAB órgão de
segunda linha no Município de Porto Alegre, que não merece isso? Claro que não,
Sr. Presidente. Claro que não! Não vão dizer agora que o Ver. Pujol está
querendo fazer média com o PTB; não quero fazer média com o PTB. O PTB é livre.
Há dez minutos, dos quatro Vereadores que compõem a Bancada do PTB, um único
votou a favor de uma proposição minha. Eles têm cabeça, posição e postura
suficientes para agirem independentemente. Estou querendo dizer que o Líder do
PTB neste projeto está suprindo um erro do Executivo, por que, se foi o
Executivo que mandou as outras propostas – e parece que o foi –, não dar para o
DEMHAB? Será que o DEMHAB é diferente dos outros órgãos? Não é. Por isso,
então, por coerência, já que aqui está se cobrando, eu vou votar a favor, para
que possam, os Guardas Municipais, lá do DEMHAB, ter o mesmo tratamento que
seus colegas têm em outras autarquias e secretarias do Município. Era isso, Sr.
Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 279/14.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Eu quero ser muito rápida, porque ainda tem dois
projetos importantes na tarde de hoje. Eu acho que a questão da isonomia é
fundamental. Quero dizer aqui para os meus colegas guardas que eles têm todo o
nosso apoio, essa é a última autarquia do Município que não garante esse
direito aos trabalhadores, que já é uma realidade em outros órgãos. Então nós
temos a compreensão de que é um projeto reparatório, um projeto que visa
garantir que os trabalhadores que cumprem as mesmas funções tenham essas
gratificações. Eu precisava responder ao Ver. Bernardino Vendruscolo: eu tenho
que concordar com V. Exa. quando diz que depende da origem, porque eu fiz uma
emenda ao projeto do DMAE, a pedido do Mário Fernando, do DEMHAB, incluindo vocês
no projeto do DMAE, que foi aprovado há mais de oito meses, para garantir o
mesmo direito para os Guardas Municipais, garantir essa correta isonomia com os
colegas do DMAE. O Mário Fernando me pediu – ele é uma liderança sindical,
fundador do Simpa, lutador histórico dos municipários de Porto Alegre –, e o
argumento é que não cabia naquele projeto, foi isso que o Ver. Cassio falou, e
o argumento do Governo foi de que era inconstitucional, que não cabia à Câmara
de Vereadores legislar sobre isso. Assim como a Gratificação de Incentivo
Médico – GIM, como o Ver. Dr. Thiago trouxe aqui, que hoje não é incorporada na
aposentadoria – foi um relato trazido aqui na tribuna. Eu, às vezes, me
pergunto se existe nesta Câmara, Ver. Kevin, um peso e duas medidas: dependendo
da autoria, o projeto é inconstitucional; dependendo da autoria, é
constitucional e passa, imediatamente, a vigorar. Isso não muda o nosso apoio
incondicional ao projeto, tem o meu voto e o voto do Ver. Alex Fraga, com muito
orgulho de poder dar uma justiça aos trabalhadores, Guardas Municipais do
DEMHAB. Nós achamos que a luta dos trabalhadores é fundamental para avançar nos
direitos, é assim quando, por exemplo, os municipários fazem uma greve e
garantem que o efeito cascata não incida sobre o futuro da carreira, e a
vitória de vocês municipários da cidade de Porto Alegre quando os trabalhadores
da saúde lutam para que um projeto que deveria ser aprovado em junho seja
incluído na Ordem do Dia da tarde de hoje. Têm nosso apoio incondicional, com o
lamento de que essa gratificação poderia ter sido dada há oito meses, porque
para nós não importa o autor, importa o mérito da proposta. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Cassio
Trogildo, o PLL nº 279/14. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO por 30
votos SIM.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
IND. Nº 015/15 – (Proc. nº
0798/15 – Ver. Dr. Thiago) – ao Executivo Municipal, que sugere a retirada do gravame relacionado à área localizada
entre a Rua Evangelista Francisco da Silva e a Rua Paulo Pontes, hoje destinada
a uma praça, repassando-a ao Departamento Municipal de Habitação.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação a Indicação
nº 015/15, de autoria do Ver. Dr. Thiago. (Pausa.)
O SR. DR. THIAGO: Só uma consideração, Sr. Presidente, vou fazer aqui mesmo
no microfone de apartes. É uma área consolidada há mais de 20 anos, onde as
pessoas moram lá. Eu, particularmente, me coloco contrário a esse tipo de
desgravame, mas é uma situação muito peculiar, e a comunidade, mobilizada,
coletou todas as assinaturas e tem aí a sinalização e a solidariedade do
Governo. Então, por isso, eu quero parabenizar a comunidade e solicitar aos colegas
que votem por essa Indicação.
O SR. IDENIR CECCHIM: Eu cheguei, pela
manhã, e encontrei o Fonseca, já cantando voto. Então, quero dizer que vou
votar porque fui bem cantado.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Vou dizer
mais, Ver. Reginaldo Pujol: o seu Fonseca, na entrada, me pediu voto e disse
que era amigo do Diretor Legislativo. Eu acho que isso conta.
O SR. REGINALDO PUJOL: Evidentemente que eu vou votar a favor, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADA.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 1663/15 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 021/15, que cria cargos de Técnico de
Enfermagem e extingue cargos de Auxiliar de Enfermagem de provimento efetivo na
Administração Centralizada constantes da Lei nº 6309, de 28 de dezembro de
1988, e alterações posteriores, e dá outras providências.
Parecer
Conjunto:
-
da CCJ, CEFOR, CUTHAB e CEDECONDH. Relator-Geral Ver. Clàudio Janta:
pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
em 12-08-15.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o
PLE nº 021/15. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o PLE nº
021/15. (Pausa.)
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Presidente,
já são quase 17 horas, eu queria cumprimentar as meninas que estão aqui mais
uma vez, muitas lutadoras que estão há mais... São muitos anos, porque foi em
dois momentos que se abriram mais vagas para o CP nº 470. É uma luta legítima,
por um lado, pelo direito ao trabalho de pessoas que prestaram concurso
público, estudaram, e que, ao mesmo tempo, são profissionais extremamente
qualificados, mas é uma luta, sobretudo, pela dignidade e pela garantia de um
atendimento pleno em saúde pública. Então, eu quero parabenizar a mobilização
das trabalhadoras e dos trabalhadores, porque nós temos a certeza de que foi a
luta de todas vocês que conquistou este projeto na tarde de hoje e que,
certamente, vai ser aprovado por unanimidade. Parabéns e contem conosco.
(Palmas.)
O SR. KEVIN KRIEGER: Rapidamente, como
Liderança do Governo, gostaria de salientar que nós tivemos toda uma conversa,
todo um trabalho com as lideranças dos técnicos do CP nº 470, pois todos nós
trabalhamos juntos, independente da situação, da oposição, dos independentes, e
conseguimos construir esse acordo que, sem dúvida nenhuma, vai melhorar o
atendimento dos serviços de saúde da nossa Cidade. Então, o Governo está muito
satisfeito de hoje poder ter feito essa conjunta com as assinaturas das
lideranças e, sem dúvida nenhuma, quem vai ganhar são as pessoas que acessarão
os serviços públicos de saúde da nossa Cidade.
O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente, esta
foi uma construção e é uma longa história da qual todos aqui participaram. A
Ver.ª Jussara Cony, nossa Líder da oposição, hoje não está aqui... Eu quero, em
nome da Bancada de oposição do PT, PCdoB – a Fernanda Melchionna já falou pelo
PSOL –, dizer que esta construção foi muito trabalhada, foi muito discutida. O
nosso entendimento é que a saúde é aquela que tem que estar sempre na Ordem do
Dia e ser prioritária. Portanto, o nosso voto, já anunciado anteriormente, é
favorável ao projeto. Muito obrigado.
O SR. AIRTO FERRONATO: Meu caro Presidente,
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu quero trazer a nossa saudação às nossas
jovens, homens e mulheres aprovados no concurso, dizer que é uma vitória da
cidade de Porto Alegre. É um processo que vem de longe e quem ganha é a Saúde
de Porto Alegre. Temos a absoluta certeza, também, de que foi uma conquista da
organização, da luta e do empenho de vocês. Primeiro, para aprovar o concurso;
depois, para que essas vagas fossem criadas. Portanto, um abraço a todos,
parabéns, em meu nome, Ferronato, em nome do Paulinho Motorista, em nome do
nosso Partido, o PSB, vamos votar favorável. Um abraço a todos e obrigado.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente Mauro
Pinheiro, técnicas e técnicos de enfermagem do CP nº 470 como são conhecidos,
vocês venceram uma primeira batalha.
Por várias vezes
vocês acompanharam, aqui na Câmara de Vereadores, em todas as Comissões desta
Casa, com todos os Presidentes que tiveram aqui nesta Casa, e essa vitória de
hoje é de vocês, que não desistiram nunca. E agora vocês sabem o outro passo
que vocês têm a enfrentar: as suas nomeações para assumirem efetivamente. O
povo de Porto Alegre está precisando de vocês, nas nossas Unidades Básicas e
nos nossos hospitais. Meus parabéns para vocês.
O SR. DR. THIAGO: Presidente, eu quero
saudar aqui esse projeto, que significa muito para os hospitais, para os pronto
atendimentos, para as Unidades Básicas de Saúde da Cidade, para o PACS e para o
HPV, em função da necessidade e da carência de técnicos em enfermagem nesses
locais. Também quero saudar o PACS, principalmente, o HPV, a Marisa, a Rosana e
todo pessoal do PACS,. Parabéns pela luta, pela obstinação, pela sempre
presença e pela mobilização de todos vocês!
Agora, é claro que, a
partir dessa votação, nós temos outro passo: que a Prefeitura, João, chame
todos os técnicos em enfermagem, preenchendo todas as vagas, de uma só vez,
para dar tempo, caso as pessoas não se habilitem e não assumam, de chamar
outros, a fim de aproveitar ao máximo o Concurso Público nº 470, que finda no
início do ano que vem. O concurso, Ver. Paulo Brum, que era o Presidente da
Comissão e levou até a Presidência, em 2013, mobilizou o Executivo, e, naquela
oportunidade, nós conseguimos aprovar a criação de mais de cem vagas de
técnicos em enfermagem – agora, são mais 63.
Que possam ser
aproveitados ao máximo esses profissionais capacitados e gabaritados que foram
aprovados em concurso público. Acho que todos nós, inclusive o Executivo,
estamos de parabéns, na medida em que conseguimos dar esse importante passo no
sentido de melhorar a saúde da Cidade. Parabéns a vocês, a todos os Vereadores,
ao Executivo e à cidade de Porto Alegre!
A SRA. LOURDES SPRENGER: Em nome da Bancada
do PMDB – já se manifestou o nosso líder, o Ver. Idenir Cecchim –, quero
cumprimentar a mobilização dos senhores para essa conquista.
Há necessidade de melhor atendimento quando necessitamos de hospedagem em hospitais, que precisam, sim, de recursos humanos. Que vocês tenham uma carreira exitosa! Parabéns a todos que aprovaram, tanto ao Executivo quanto aos Vereadores, porque é uma grande conquista!
O SR. CARLOS
CASARTELLI: Sr. Presidente, quero me dirigir principalmente aos
servidores da Saúde. O que me deixa mais feliz é ver o entusiasmo e a
felicidade de vocês em quererem trabalhar no Sistema Único de Saúde. Então aqueles que já são servidores e aqueles que ingressarão em breve
na Secretaria da Saúde, quero parabenizar. Tenho certeza que farão um grande
trabalho qualificando os nossos serviços. Penso, assim como o Dr. Thiago já
manifestou, que a maioria dos cargos deverão ser utilizados principalmente nos
nosso pronto-atendimentos onde claramente há uma necessidade de recursos
humanos. O Presidente Vargas ainda não conseguiu atingir o número de servidores
que tinha, quando da demissão, infelizmente, dos servidores da Fugast. E
desejar a vocês muito mais do que essa conquista hoje. Que vocês sejam chamados
logo e que sejam felizes exercendo grandes trabalhos na Secretaria da Saúde.
Parabéns a todos.
O SR. DELEGADO CLEITON: Parabéns em meu nome
e em nome dos meus colegas do PDT. Quero saudar os trabalhadores da Saúde, essa
luta, esse espaço conquistado pelos senhores, dar as minhas boas-vindas. Quem
ganha com o ingresso dos senhores na saúde municipal é o povo de Porto Alegre.
Sejam bem-vindos. “Saúde é o que interessa – como disse um amigo ali fora –, o
resto também tem pressa”.
O SR. DINHO DO GRÊMIO: Parabéns pela
conquista de vocês! Em meu nome e em nome do Pujol, da Bancada do Democratas,
desejamos boa sorte!
A SRA. MÔNICA LEAL: Como Líder da
Bancada Progressista, do Ver. João Carlos Nedel, Ver. Guilherme Socias Villela,
Ver. Kevin Krieger, eu quero dizer que nós apoiamos vocês, contem conosco.
Chega em boa hora a saúde de Porto Alegre! O povo merece! Obrigada.
O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Também quero
cumprimentar e saudar todos vocês. Eu ouvi “saúde é o que interessa”, que eu
ouvia na Escolinha do Professor Raimundo, do Chico Anísio. Quem ganha é a
cidade de Porto Alegre. Parabéns a todos. Vamos torcer para que cada vez mais
essa saúde seja com respeito e dignidade para todos nós, para a família de
Porto Alegre que precisa da saúde, aqueles que mais necessitam, estarão bem cuidado
nas mãos de vocês. Parabéns, em nome do PSD.
O SR. PABLO
MENDES RIBEIRO: Sr. Presidente, acho que já foram ditas tantas
coisas aqui. Mas quero parabenizar pela conquista, e dizer que eu passei oito
meses numa luta com a saúde do meu pai, onde a assistência dos técnicos de
enfermagem foi extremamente importante. A minha admiração pela categoria.
Parabéns.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelos Vereadores
Clàudio Janta e Dr. Thiago, o PLE nº 021/15. (Pausa.) (Após a apuração nominal.)
APROVADO por 31 votos SIM.
O SR. ENGº COMASSETTO (Requerimento): Sr.
Presidente, tenho um requerimento de nossa autoria, que propõe que a Câmara
aprove e encaminhe para o Ministério das Cidades a inclusão do Município de
Porto Alegre no Plano Nacional de Outorga das Rádios Comunitárias, pela agenda,
temos de votar com rapidez, por isso eu pediria a V. Exa. para incluí-lo.
Ao mesmo tempo,
solicito alteração da ordem da priorização de votação para que nós possamos
votar o conjunto dos cinco requerimentos que faltam, logo após a discussão e
votação do PLCL nº 009/14, de autoria do Ver. João Carlos Nedel – conversei com
os demais autores. Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento
de autoria do Ver. Engº Comassetto. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. ALBERTO KOPITTKE (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro o adiamento da discussão do PELO nº 004/15, por uma Sessão, pelo fato de a Ver.ª
Sofia Cavedon não estar presente hoje.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento
do Ver. Alberto Kopittke. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0942/14 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 009/14,
de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que estabelece normas para a implantação
de helipontos no Município de Porto Alegre. Com Emendas nºs 01 e 02. Subemenda nº 01 à Emenda nº 02.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Elizandro Sabino: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto, das Emendas nºs 01 e 02 e da
Subemenda nº 01 à Emenda nº 02;
-
da CEFOR. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do
Projeto, das Emendas nºs 01 e 02 e da Subemenda nº 01 à Emenda nº 02.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 23-03-15 por força do
art. 81 da LOM;
- adiada a discussão por uma Sessão em 16-04-15;
- discutiram a matéria os Vereadores João Carlos
Nedel, Marcelo Sgarbossa e Fernanda Melchionna em 06-05-15;
- adiada a discussão por três Sessões em 06-05-15.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLCL nº 009/14. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação a Emenda nº 01 ao PLCL nº 009/14. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA, com as abstenções da Ver.ª
Fernanda Melchionna e do Ver. Prof. Alex Fraga.
Em votação a Emenda nº 02 ao PLCL nº 009/14.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Trata-se de uma emenda importante para o decreto de regulamentação e
não para a lei geral. Foi feita uma discussão lá na Comissão de Finanças e
Orçamento com todos os envolvidos e a orientação é para rejeitar esta Emenda.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João
Carlos Nedel, a Emenda nº 02 ao PLCL nº 009/14. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) REJEITADA por 06 votos SIM e 21 votos NÃO.
Em votação o PLCL nº 009/14. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO com as abstenções da Ver.ª Fernanda Melchionna e do Ver. Prof.
Alex Fraga.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 0320/15 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 004/15, que
desafeta parte de área destinada a parque na Vila Nova Restinga, visando
regularizar a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), com autorização para
doação ao Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE), autoriza doação ao
Departamento Municipal de Habitação (Demhab), de área destinada à regularização
do Loteamento Bela Vista e autoriza a desafetação de áreas públicas e
comunitárias do Loteamento Vila Jardim das Orquídeas. Com Emenda nº 01.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ, CEFOR, CUTHAB e COSMAM. Relator-Geral
Ver. Delegado
Cleiton: pela aprovação do Projeto
e pela rejeição da Emenda nº 01.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, VIII, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 22-06-15;
- adiada a discussão por uma Sessão em 10-08-15.
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Pinheiro): Em discussão o PLE nº
004/15. (Pausa.) O Ver. Prof. Alex Fraga está com a palavra para discutir o
PLE nº 004/15.
O SR. PROF.
ALEX FRAGA: Boa tarde a todos presentes nesta Sessão, público que nos assiste pela
TVCâmara, Vereadores, Vereadoras, Presidente Mauro Pinheiro, nós estamos
discutindo este projeto, que tem várias alterações, e uma delas desafeta parte de área destinada ao parque na Vila Nova Restinga,
visando a regularizar a Estação de Tratamento de Esgoto. É um projeto interessante,
muito bom, precisamos avançar nessa área aqui em Porto Alegre. Então,
tratamento de esgoto é uma necessidade do nosso Município, visto que ainda
temos uma boa extensão de Porto Alegre que ainda não conta com esse serviço,
com redes adequadas para fazer, justamente, o escoamento, e o posterior
tratamento dos nossos efluentes, o nosso esgoto cloacal.
Porém, estamos
discutindo – eu e a Ver.ª Fernanda Melchionna – uma parte desse projeto que
está meio obscura no momento. Em seu art. 5º, o projeto fala o seguinte: “Fica
autorizada a desafetação das áreas públicas e comunitárias do Loteamento Vila
Jardim das Orquídeas, registrada na matrícula nº 0879, da 6ª Zona de Registro
de Imóvel de Porto Alegre, de propriedade do DEMHAB, a fim de viabilizar o registro
da nova planta de regularização fundiária já aprovada pelo Município”. Nós não
entendemos, e justamente estamos conversando com o Líder do Governo, Ver. Kevin
Krieger, e com o pessoal do Executivo para saber por que há a necessidade de
fazer a desafetação de uma área que já é do DEMHAB. Se essa área é do
Departamento Municipal de Habitação, há a necessidade de fazer o processo de
desafetação? Isso aqui, para nós, está meio obscuro. O projeto não é claro, e,
do jeito que está, sem nenhuma discussão mais aprofundada, se não houver,
talvez, alguma alteração, nós não vamos votar favoravelmente justamente pela
presença desse art. 5º. Isso aqui é no mínimo estranho. E nós não vamos faltar
com a nossa responsabilidade nesta Casa e votar algo que desconhecemos. Isso
não está claro. Acho uma irresponsabilidade votar favoravelmente na presença
desse art. 5º. Acho que precisamos aprofundar esse debate, aprimorar talvez o
projeto, mudar a redação desse art. 5º, porque do jeito que está eu e a Ver.ª
Fernanda Melchionna também, creio eu, não nos sentimos confortáveis em votar
favoravelmente, pela presença disso aqui. O art. 5º é completamente obscuro,
portanto gostaríamos de mais explicações por parte dos técnicos do Governo que
acompanham os nossos trabalhos aqui na Câmara. Feito esse registro, agradeço a
todos, e vamos seguir a discussão.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. KEVIN
KRIEGER (Requerimento): Presidente, nós estamos também com algumas dúvidas
e estamos ligando para o Departamento Municipal de Habitação a fim de
esclarecê-las. Só queria deixar muito claro que, na nossa opinião, não tem
nenhuma situação obscura. Nós temos dúvidas, e essas dúvidas nós estaremos
tirando, inclusive, dos Vereadores de oposição. Portanto, Sr. Presidente,
requeiro o adiamento da discussão do PLE nº 004/15 por uma Sessão.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Kevin
Krieger. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 085/15 – (Proc. nº 1630/15 – Ver. Engº Comassetto e outros) – requer a constituição da Frente
Parlamentar em Defesa dos Povos Tradicionais de Matriz Africana.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento nº 085/15. (Pausa.) O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para encaminhar a
votação do Requerimento nº 085/15.
O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente, eu
quero fazer um encaminhamento daqui. Nós recebemos uma demanda de um conjunto
de autoridades do segmento de matriz africana. Eu dialoguei com os Vereadores
que assinaram esse requerimento – 16 Vereadores – sobre o compromisso de nós
conduzirmos essa frente de uma forma colegiada. Já quero dizer desse
compromisso desde agora, junto com os dois Vereadores negros que assinam também
– o Ver. Tarciso e o Ver. Cleiton –, que já lutam pela causa. Inclusive, temos
uma exposição neste momento aqui na Casa, pela qual o Ver. Cleiton é
responsável. Então, venho aqui pedir o voto e ratificar esse compromisso de nós
conduzirmos essa frente de forma colegiada. Queria, ao mesmo tempo,
cumprimentar todas as autoridades que estão aqui desde as duas horas, que nos
trouxeram essa demanda: a Iyá Vera Soares, a Eva Terezinha de Oliveira, a Mãe
Rosângela Helena Rodrigues Correa, a Mãe Eurídia Terezinha Pires da Costa, o
Mario Jefferson Pinheiro, lá da Maria da Conceição, o Babá Marcelo de Souza e
as lideranças das organizações tradicionais de matriz africana do Rio Grande do
Sul. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o
Requerimento nº 085/15. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 095/15 – (Proc. nº 1739/15 – Mesa Diretora) – requer a realização de Sessão Solene no dia 27
de outubro de 2015, às 17 horas, destinada assinalar o transcurso dos 80 anos
da Federação dos Círculos Operários do Rio Grande do Sul (FCORS).
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o
Requerimento nº 095/15. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 083/15 – (Proc. nº 1566/15 – Ver. Reginaldo Pujol) – requer a realização de Sessão Solene no
dia 15 de dezembro de 2015, às 19 horas, destinada a assinalar o transcurso dos
50 anos do DEMHAB.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o
Requerimento nº 083/15. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 074/15 – (Proc. nº 1406/15 – Ver. Paulo Brum) – requer a realização
de Sessão Solene no dia 10 de novembro, às 19h, destinada a assinalar o
transcurso dos 80 anos de fundação da Companhia Zaffari.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento. nº 074/15. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
IND. Nº 035/15 – (Proc. nº 1869/15 – Ver.
Engº Comassetto) – ao Ministério das Comunicações, que sugere a
inclusão do Município de Porto Alegre no Plano Nacional de Outorgas.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação a Indicação nº 035/15. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.
Apregoo o Memorando nº 022/15, de autoria do Ver.
Alberto Kopittke, nos termos do art. 227, § 6º e 7º
do Regimento – justificativa de falta –, que comunica a sua participação em
entrevista na Rádio Bandeirantes, no dia 13 de agosto de 2015.
Apregoo o Memorando de autoria do
Ver. Clàudio Janta, nos termos do art. 227, § 6º e
7º do Regimento – justificativa de falta –, que comunica a sua participação no
Encontro Sindical Biltareal, em Buenos Aires, Argentina, no período de 17 a 26
de agosto de 2015.
Apregoo o PLL nº 142/15, de autoria do Ver.
Elizandro Sabino.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1301/13 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 009/13, de autoria da Verª Mônica Leal, que
altera o caput, renomeia o parágrafo
único para § 1º e inclui § 2º no art. 91-A da Lei Complementar nº 12, de 7 de
janeiro de 1975 – que institui posturas para o Município de Porto Alegre e dá
outras providências –, e alterações posteriores, definindo a sanção de reparação
de dano a que está sujeita a pessoa que pichar ou conspurcar edificação ou
monumento, públicos ou particulares. Com
Emendas nºs 01 e 02.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e das Emendas nºs 01 e 02;
-
da CEFOR. Relator Ver. Guilherme Socias Villela: pela aprovação do
Projeto e das Emendas nºs 01 e 02;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Delegado Cleiton: pela aprovação do Projeto e
das Emendas nºs 01 e 02;
-
da CECE. Relatora Verª Sofia Cavedon: pela rejeição do Projeto e das
Emendas nºs 01 e 02;
-
da CEDECONDH. Relator Ver. Prof. Alex Fraga: pela rejeição do Projeto e
das Emendas nºs 01 e 02 (empatado).
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 18-05-15;
- adiada a discussão por uma Sessão em 10-08-15.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLCL nº 009/13. (Pausa.)
A SRA. MÔNICA
LEAL (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro o adiamento da discussão
do PLCL nº 009/13 por duas Sessões.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento de autoria da Ver.ª
Mônica Leal. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 17h32min): Solicito
abertura do painel eletrônico para verificação de quórum, solicitada pelo Ver.
Alberto Kopittke. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Doze Vereadores presentes. Não há quórum. Está encerrada a Ordem do Dia.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 0503/15 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 005/15, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa, que
altera a ementa, o caput e os §§ 1º e
2º do art. 1º, o art. 2º, o caput e o
parágrafo único do art. 3º, o caput e
os §§ 1º, 2º e 3º do art. 4º e o art. 5º, e inclui arts. 5º-A, 5º-B e 5º-C,
todos da Lei Complementar nº 746, de 3 de novembro de 2014 – que assegura aos
candidatos negros a reserva de 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas em
concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos nos
órgãos da Administração Direta e nas entidades da Administração Indireta do
Município de Porto Alegre e revoga a Lei Complementar nº 494, de 10 de setembro
de 2003 –, alterando a expressão “candidatos negros” para “população negra”,
estendendo essa reserva às vagas de cargos comissionados e estágios
profissionais, bem como de postos de trabalho oferecidos por pessoas jurídicas
de direito público ou privado que prestem serviços para esses órgãos ou para
essas entidades, e dando outras providências.
PROC.
Nº 1027/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 086/15, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa, que
proíbe o Executivo e o Legislativo Municipais de celebrar ou prorrogar contrato
com pessoa jurídica, bem como com consórcio de pessoas jurídicas, cujo sócio
tenha relação de matrimônio ou parentesco, afim ou consanguíneo, até o terceiro
grau, em linha reta ou colateral, com agentes públicos municipais que
especifica.
PROC.
Nº 1330/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 123/15, de autoria da Verª Ariane Leitão, que
determina a divulgação, até o quinto dia útil de cada mês, de relatório
contendo dados que especifica, do mês anterior, relacionados a atendimentos de
mulheres e meninas no Centro de Referência às Vítimas de Violência (CRVV) e no
Centro de Referência da Mulher Márcia Calixto, no Município de Porto Alegre,
pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos, por intermédio da Secretaria
Adjunta da Mulher.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Não há Vereadores
inscritos. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 17h33min.)
* * * * *